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Abstract
A proposta deste trabalho é enfocar a canção “Oração”, de Linn da Quebrada, à luz de algumas proposições advindas dos estudos queer. Tanto no que tange a posicionamentos políticos, quanto a desdobramentos teóricos, a perspectiva queer vem se desenvolvendo desde os anos 1980, a partir do deslocamento do termo da linguagem comum - em inglês, queer é adjetivo (pejorativo) relativo a identidades de gênero e sexuais transgressoras - para o debate em torno dos estudos de gênero e sexualidade como categorias teóricas. No contexto da canção brasileira midiatizada é perceptível, sobretudo nos últimos dez anos, vultosas manifestações que dialogam com conceitos desse campo teórico. Embora performances transgressoras tenham sido constantes na historiografia da canção brasileira, a modificação nas formas de produção e consumo na indústria cultural impulsionou a expressão significativa de vozes e corpos dissonantes que cantam e performam no intuito de manifestar identidades não enquadradas nos padrões compulsórios de corpo, gênero e sexualidade. O presente estudo considera aspectos da transmissão da canção associada ao videoclipe, e aponta interseções com conceitos associados aos estudos queer, como evidenciam as análises. Com isso, pretendemos uma leitura dessa canção entendida aqui como objeto híbrido e plurissignificativo, potencializador de expressões de subjetividades, no intuito de identificar elementos de uma estética queer na canção brasileira.