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Abstract
O artigo analisa o ciclo de protestos de 2013 no Brasil, a partir de três questões: Como caracterizar este ciclo de protesto? Quais foram seus principais atores? Como foram produzidas as mudanças qualitativas observadas entre as diferentes fases do ciclo de protestos? O argumento central é que a ação contenciosa de movimentos sociais progressistas, que caracterizou a primeira fase do ciclo, foi identificada e interpretada por contramovimentos conservadores como uma oportunidade para sua própria mobilização. Esta apropriação parcial do ciclo de protestos pelos contramovimentos seria o mecanismo que produz a mudança qualitativa observada na segunda fase do ciclo. Neste processo de apropriação foram gestados e/ou fortalecidos atores, redes e recursos que tiveram centralidade na construção das mobilizações anti-Dilma em 2015 e 2016.