{"title":"MAPEAMENTO DOS PEQUENOS RESERVATÓRIOS E ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ASSOCIADOS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO GUARIROBA, CAMPO GRANDE - MS","authors":"Viviane Capoane","doi":"10.12957/geouerj.2021.51688","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Ao longo da história os reservatórios têm desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento econômico. No entanto, as barragens transformam a paisagem e criam riscos de impactos irreversíveis. As pesquisas sobre os impactos ambientais, sociais e econômicos de barragens estão concentradas nos grandes reservatórios, ainda que os pequenos reservatórios prevaleçam na paisagem. Na bacia hidrográfica do córrego Guariroba há um grande reservatório construído para abastecer a cidade de Campo Grande, os pequenos reservatórios ainda não foram mapeados nem seus impactos ambientais analisados. Diante disso, este trabalho teve como objetivo mapear os pequenos reservatórios na bacia hidrográfica e analisar os impactos ambientais associados, a fim de gerar informações que subsidiem o planejamento e gerenciamento das atividades antrópicas. O mapeamento foi realizado em ambiente do SIG a partir de imagens de satélite de alta resolução espacial disponíveis no “World Imagery” do ArcMap e imagens históricas do Google Earth. Para a validação foram derivados de imagens do satélite Sentinel-2A índices espectrais do período seco (2019) e chuvoso (2020). Foram mapeados 66 pequenos reservatórios criados pela construção de barragens de terra em cursos d’água naturais, localizados, predominantemente, nas cabeceiras de drenagem, e 119 reservatórios em áreas úmidas, principalmente, às ribeirinhas. Alguns dos reservatórios mapeados, não apresentavam água armazenada, tanto no período seco quanto no chuvoso. Nas cabeceiras de drenagem, a maior parte das nascentes estão degradadas, com solo exposto, desbarrancamento da taipa e ausência de vegetação florestal no entorno. Nos reservatórios em áreas úmidas ribeirinhas utilizados para dessedentação animal e piscicultura, muitos também se encontram em processo de degradação ambiental.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"2","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Geo UERJ","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2021.51688","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"GEOGRAPHY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Ao longo da história os reservatórios têm desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento econômico. No entanto, as barragens transformam a paisagem e criam riscos de impactos irreversíveis. As pesquisas sobre os impactos ambientais, sociais e econômicos de barragens estão concentradas nos grandes reservatórios, ainda que os pequenos reservatórios prevaleçam na paisagem. Na bacia hidrográfica do córrego Guariroba há um grande reservatório construído para abastecer a cidade de Campo Grande, os pequenos reservatórios ainda não foram mapeados nem seus impactos ambientais analisados. Diante disso, este trabalho teve como objetivo mapear os pequenos reservatórios na bacia hidrográfica e analisar os impactos ambientais associados, a fim de gerar informações que subsidiem o planejamento e gerenciamento das atividades antrópicas. O mapeamento foi realizado em ambiente do SIG a partir de imagens de satélite de alta resolução espacial disponíveis no “World Imagery” do ArcMap e imagens históricas do Google Earth. Para a validação foram derivados de imagens do satélite Sentinel-2A índices espectrais do período seco (2019) e chuvoso (2020). Foram mapeados 66 pequenos reservatórios criados pela construção de barragens de terra em cursos d’água naturais, localizados, predominantemente, nas cabeceiras de drenagem, e 119 reservatórios em áreas úmidas, principalmente, às ribeirinhas. Alguns dos reservatórios mapeados, não apresentavam água armazenada, tanto no período seco quanto no chuvoso. Nas cabeceiras de drenagem, a maior parte das nascentes estão degradadas, com solo exposto, desbarrancamento da taipa e ausência de vegetação florestal no entorno. Nos reservatórios em áreas úmidas ribeirinhas utilizados para dessedentação animal e piscicultura, muitos também se encontram em processo de degradação ambiental.