{"title":"Derivando o sufixo -r latino e seus alomorfes: uma descrição baseada na Morfologia Distribuída","authors":"L. Gonçalves, Paula Roberta Gabbai Armelin","doi":"10.5380/rel.v103i1.80337","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo investiga a constituição morfológica do sufixo -r da língua latina, bem como de seus alomorfes, nos diferentes contextos em que eles são encontrados. Esse morfema é comumente identificado pelas gramáticas como parte da composição da voz passiva, mas também marca outras estruturas e, assim, pode ser considerado um morfema sincrético. O trabalho se desenvolve sob o modelo teórico da Morfologia Distribuída (HALLE e MARANTZ, 1993; MARANTZ, 1997) e parte de análises argumentais como as vistas em Schäfer (2008) e Lazzarini-Cyrino (2015) para propor que esse morfema é a realização de um argumento anafórico que não conseguiu se ligar na sintaxe. Seguindo a caracterização de anáforas de Heinat (2006a, 2006b), isso o impede de ser marcado com Caso, o que, por sua vez, acarretaria uma violação do filtro do Caso (LEVIN, 2015). Via Deslocamento Local (EMBICK e NOYER, 2001), a anáfora então se move para o domínio verbal, escapando à necessidade de Caso. Esse processo, em diferentes estruturas sintáticas, promove a interpretação dos contextos em que a marca é vista. Todavia, a simples incorporação da anáfora não é capaz de gerar as formas verbais latinas, havendo uma incongruência entre as formas previstas e as reais. Aplica-se uma variedade de operações morfológicas e regras de reajuste para adequar a proposta aos dados da língua.","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Letras","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5380/rel.v103i1.80337","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LANGUAGE & LINGUISTICS","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo investiga a constituição morfológica do sufixo -r da língua latina, bem como de seus alomorfes, nos diferentes contextos em que eles são encontrados. Esse morfema é comumente identificado pelas gramáticas como parte da composição da voz passiva, mas também marca outras estruturas e, assim, pode ser considerado um morfema sincrético. O trabalho se desenvolve sob o modelo teórico da Morfologia Distribuída (HALLE e MARANTZ, 1993; MARANTZ, 1997) e parte de análises argumentais como as vistas em Schäfer (2008) e Lazzarini-Cyrino (2015) para propor que esse morfema é a realização de um argumento anafórico que não conseguiu se ligar na sintaxe. Seguindo a caracterização de anáforas de Heinat (2006a, 2006b), isso o impede de ser marcado com Caso, o que, por sua vez, acarretaria uma violação do filtro do Caso (LEVIN, 2015). Via Deslocamento Local (EMBICK e NOYER, 2001), a anáfora então se move para o domínio verbal, escapando à necessidade de Caso. Esse processo, em diferentes estruturas sintáticas, promove a interpretação dos contextos em que a marca é vista. Todavia, a simples incorporação da anáfora não é capaz de gerar as formas verbais latinas, havendo uma incongruência entre as formas previstas e as reais. Aplica-se uma variedade de operações morfológicas e regras de reajuste para adequar a proposta aos dados da língua.