{"title":"Arqueologia subaquática brasileira: por que o país aproveita mal sua capacidade científica?","authors":"C. Amarante, Paulo Fernando Bava-de-Camargo","doi":"10.15210/LEPAARQ.V14I27.10518","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A Arqueologia subaquatica vem sendo desenvolvida, no Brasil, desde o inicio da decada de 1990, embora haja antecedentes pontuais. A despeito desse ramo da Arqueologia ter avancado significativamente nesses quase 25 anos, ainda ha um dificil processo de regulacao cientifica de sua pratica. Um dos maiores desafios e a legislacao brasileira em relacao as regras internacionais. Enquanto a Convencao da UNESCO para a Protecao do Patrimonio Cultural Subaquatico (2001), ainda nao adotada pelo Brasil, constitui instrumento preservacionista, a Lei federal 7.542/1986, alterada pela 10.166/2000, e extremamente permissiva, possibilitando a comercializacao de bens arqueologicos. Essa distorcao cria dificuldades para a pratica da Arqueologia subaquatica em aguas territoriais e estimula a caca ao tesouro, uma vez que os maus habitos internos fornecem desagradavel cartao de visitas.","PeriodicalId":30894,"journal":{"name":"Cadernos do LEPAARQ","volume":"14 1","pages":"253-269"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2017-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"2","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos do LEPAARQ","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15210/LEPAARQ.V14I27.10518","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 2
Abstract
A Arqueologia subaquatica vem sendo desenvolvida, no Brasil, desde o inicio da decada de 1990, embora haja antecedentes pontuais. A despeito desse ramo da Arqueologia ter avancado significativamente nesses quase 25 anos, ainda ha um dificil processo de regulacao cientifica de sua pratica. Um dos maiores desafios e a legislacao brasileira em relacao as regras internacionais. Enquanto a Convencao da UNESCO para a Protecao do Patrimonio Cultural Subaquatico (2001), ainda nao adotada pelo Brasil, constitui instrumento preservacionista, a Lei federal 7.542/1986, alterada pela 10.166/2000, e extremamente permissiva, possibilitando a comercializacao de bens arqueologicos. Essa distorcao cria dificuldades para a pratica da Arqueologia subaquatica em aguas territoriais e estimula a caca ao tesouro, uma vez que os maus habitos internos fornecem desagradavel cartao de visitas.