Renata M. Ribeiro, Antônio Miguel Vieira Monteiro, Silvana Amaral
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Abstract
A sustentabilidade urbana vem sendo tema recorrente nos fóruns internacionais e frequentemente tratada por consensos que propõem receitas de cidades sustentáveis e definem estratégias globais para o enfrentamento das instabilidades e incertezas decorrentes da dinâmica de urbanização contemporânea. Reconhece-se o legítimo esforço global para o desenvolvimento socioambientalmente mais justo e responsável. No entanto, generalizações resultam em um processo gradual de apagamento histórico das múltiplas formas de (re)existir, principalmente em uma região como a Amazônia, onde a urbanização é historicamente invisibilizada e colocada à parte das agendas de desenvolvimento. Assim, este trabalho propõe uma análise sistemática de conceitos, ideias e debates que definem a sustentabilidade urbana na contemporaneidade. Busca-se, a partir de literatura estruturante, auxiliar no processo criativo de uma definição que se adeque à realidade de um urbano que nasce em uma região de floresta tropical, economicamente visada e sociopoliticamente ignorada. Partimos da premissa de que a sustentabilidade urbana e sua práxis devem ser compatíveis com o contexto social, histórico, espacial e temporal. Com isso, define-se o conceito como um sistema quadridimensional: (i) ciência e tecnologia, (ii) gestão urbana, (iii) consciência socioambiental e (iv) vida urbana e natureza, sendo esta última dimensão o elo integrador que reposiciona as demais no contexto do urbano amazônico.