Anacleta Pires da Silva: corpo, vida e lutas no e pelo Território Quilombola Santa Rosa dos Pretos (Itapecuru-Mirim/MA)

IF 0.1 Q4 SOCIAL SCIENCES, INTERDISCIPLINARY
Anacleta Pires da Silva, D. Santos, Julio Itzayán Anaya López
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Vozes de pretas, afro pindorâmicas fazem nascer diariamente um novo dia, a esperança. Essas vozes narram territórios dinâmicos e guiados por ontologias outras, que emanam das relações com os encantados do Tambor de Mina. Compartilhamos aqui uma entrevista insurgente realizada no dia 20 de janeiro de 2021 em plena pandemia mundial provocada pela Covid-19. A história de vida costura o lugar da mulher negra na luta quilombola e é contada pela própria Dona Anacleta, conversa que foi realizada pelo aplicativo WhatsApp e transcrita na íntegra. “Pra mudar a sociedade do jeito que a gente quer? É lutar sem medo, sem medo de ser mulher!”\n\nPalavras-chave: História de vida; Subjetividade; Corpo; Território.\n\n \nAbstract\n\n“Being a black woman in the struggle is courage in the first place, giving life for life, because whoever gives life keeps life”. Born from the force of enchantment, from the struggle for free territories and in a territory crossed by the logistics of developmental projects, Santa Rosa dos Pretos quilombola territory, in the municipality of Itapecuru-Mirim, state of Maranhão, Brazil. Dona Anacleta narrates everyday ways of resisting and existing, and shows us how black women are from the margins making political use of their bodies to exist in the face of the paradigm of racial exclusion in Brazil and at the same time act on the front line in defense of life. Black, Afro-Pindoramic voices give birth to a new day every day, hope. These voices narrate dynamic territories guided by other ontologies, which emanate from the relationships with the enchanted ones of Tambor de Mina. We share here an insurgent interview carried out on January 20, 2021 in the midst of a global pandemic caused by Covid-19. The life story sews the place of the black woman in the quilombola struggle and is told by Dona Anacleta herself, a conversation that was carried out by the WhatsApp application and transcribed in full. “To change society the way we want? It's fighting without fear, without fear of being a woman!\n\nKeywords: Life history; Subjectivity; Body; Territory.\n \n\nResumen\n\n“Ser mujer negra en la lucha es valentía en primer lugar, dar vida por vida, porque quien da vida, mantiene la vida”. Nacido de la fuerza del encanto, de la lucha por territorios libres y en un territorio atravesado por la logística de proyectos desarrollistas, el territorio quilombola de Santa Rosa dos Pretos, en el municipio de Itapecuru-Mirim, estado de Maranhão, Brasil. Doña Anacleta narra formas cotidianas de resistir y existir, y nos muestra cómo las mujeres negras están desde los márgenes haciendo uso político de sus cuerpos para existir frente al paradigma de la exclusión racial en Brasil y al mismo tiempo actuar en primera línea en defensa de la vida. Voces negras, afro-pindorámicas, dan a luz diariamente un nuevo día, esperanza. Estas voces narran territorios dinámicos guiados por otras ontologías, que emanan de las relaciones con los encantados de Tambor de Mina. Compartimos aquí una entrevista a insurgente realizada el 20 de enero de 2021 en medio de una pandemia mundial provocada por el Covid-19. La historia de vida cose el lugar de la negra en la lucha quilombola y es contada por la propia doña Anacleta, conversación que fue realizada por la aplicación WhatsApp y transcrita íntegramente. “¿Cambiar la sociedad como queremos? Es luchar sin miedo, sin miedo a ser mujer\n\nPalabras chave: Historia de vida; Subjetividad; Cuerpo; Territorio.","PeriodicalId":53764,"journal":{"name":"Simbiotica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-10-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Simbiotica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.47456/simbitica.v9i2.39251","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"SOCIAL SCIENCES, INTERDISCIPLINARY","Score":null,"Total":0}
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Abstract

Resumo “Ser mulher negra na luta é coragem em primeiro lugar, doação de vida pela vida, porque quem doa vida mantém vida”. Nascida da força da encantaria, da luta por territórios livres e em território atravessado pelas logísticas dos projetos desenvolvimentistas, território quilombola Santa Rosa dos Pretos, no município de Itapecuru-Mirim, estado do Maranhão, Brasil. Dona Anacleta narra formas cotidianas de resistir e de existir, e nos mostra como mulheres negras estão desde a margem fazendo o uso político do corpo para existir diante do paradigma da exclusão racial no Brasil e ao mesmo tempo atuarem na linha de frente em defesa da vida. Vozes de pretas, afro pindorâmicas fazem nascer diariamente um novo dia, a esperança. Essas vozes narram territórios dinâmicos e guiados por ontologias outras, que emanam das relações com os encantados do Tambor de Mina. Compartilhamos aqui uma entrevista insurgente realizada no dia 20 de janeiro de 2021 em plena pandemia mundial provocada pela Covid-19. A história de vida costura o lugar da mulher negra na luta quilombola e é contada pela própria Dona Anacleta, conversa que foi realizada pelo aplicativo WhatsApp e transcrita na íntegra. “Pra mudar a sociedade do jeito que a gente quer? É lutar sem medo, sem medo de ser mulher!” Palavras-chave: História de vida; Subjetividade; Corpo; Território. Abstract “Being a black woman in the struggle is courage in the first place, giving life for life, because whoever gives life keeps life”. Born from the force of enchantment, from the struggle for free territories and in a territory crossed by the logistics of developmental projects, Santa Rosa dos Pretos quilombola territory, in the municipality of Itapecuru-Mirim, state of Maranhão, Brazil. Dona Anacleta narrates everyday ways of resisting and existing, and shows us how black women are from the margins making political use of their bodies to exist in the face of the paradigm of racial exclusion in Brazil and at the same time act on the front line in defense of life. Black, Afro-Pindoramic voices give birth to a new day every day, hope. These voices narrate dynamic territories guided by other ontologies, which emanate from the relationships with the enchanted ones of Tambor de Mina. We share here an insurgent interview carried out on January 20, 2021 in the midst of a global pandemic caused by Covid-19. The life story sews the place of the black woman in the quilombola struggle and is told by Dona Anacleta herself, a conversation that was carried out by the WhatsApp application and transcribed in full. “To change society the way we want? It's fighting without fear, without fear of being a woman! Keywords: Life history; Subjectivity; Body; Territory. Resumen “Ser mujer negra en la lucha es valentía en primer lugar, dar vida por vida, porque quien da vida, mantiene la vida”. Nacido de la fuerza del encanto, de la lucha por territorios libres y en un territorio atravesado por la logística de proyectos desarrollistas, el territorio quilombola de Santa Rosa dos Pretos, en el municipio de Itapecuru-Mirim, estado de Maranhão, Brasil. Doña Anacleta narra formas cotidianas de resistir y existir, y nos muestra cómo las mujeres negras están desde los márgenes haciendo uso político de sus cuerpos para existir frente al paradigma de la exclusión racial en Brasil y al mismo tiempo actuar en primera línea en defensa de la vida. Voces negras, afro-pindorámicas, dan a luz diariamente un nuevo día, esperanza. Estas voces narran territorios dinámicos guiados por otras ontologías, que emanan de las relaciones con los encantados de Tambor de Mina. Compartimos aquí una entrevista a insurgente realizada el 20 de enero de 2021 en medio de una pandemia mundial provocada por el Covid-19. La historia de vida cose el lugar de la negra en la lucha quilombola y es contada por la propia doña Anacleta, conversación que fue realizada por la aplicación WhatsApp y transcrita íntegramente. “¿Cambiar la sociedad como queremos? Es luchar sin miedo, sin miedo a ser mujer Palabras chave: Historia de vida; Subjetividad; Cuerpo; Territorio.
Anacleta Pires da Silva: Santa Rosa dos Pretos Quilombola领土上的身体、生活和斗争(Itapecuru-Mirim/MA)
“作为一名黑人女性,在斗争中首先是勇气,为了生命而献出生命,因为献出生命的人维持生命。”在巴西maranhao州Itapecuru-Mirim市的“歌伦波拉领土圣罗莎多斯普雷托斯”(quilombola territory Santa Rosa dos Pretos),诞生于坎塔利亚(encantaria)的力量,为自由领土的斗争和发展项目的物流交叉的领土。Dona Anacleta讲述了抵抗和生存的日常方式,并向我们展示了黑人女性如何从边缘利用身体的政治存在来对抗巴西的种族排斥范式,同时在捍卫生命的前线行动。黑人的声音,非洲的pindoramicas每天都在创造新的一天,希望。这些声音叙述了动态领域,并由其他本体论引导,这些本体论来自于与Tambor de Mina的encantados的关系。我们在此分享2021年1月20日在Covid-19引发的全球大流行期间进行的叛乱采访。这个生活故事讲述了黑人女性在歌伦波斗争中的地位,由Dona Anacleta自己讲述,对话通过WhatsApp应用程序进行,并被完整转录。“以我们想要的方式改变社会?”就是无所畏惧地战斗,无所畏惧地做一个女人!”关键词:生活史;主体性;身体;领地。“在战斗中成为一名黑人女性首先是勇气,为生命献出生命,因为谁献出生命,谁就能保持生命”。生来enchantment的力量,争取自由的地区,在物流领域交叉的发展项目,圣罗莎的非裔黑人的领土,Itapecuru村庄的孩子,马拉尼昂州,巴西。主人Anacleta narrates日常resisting的方法和现有的,显示了美国黑人女性是如何从边缘使政治使用他们的身体存在的面对种族排斥在巴西的范式和在同一时间作用于生命的前线防御。非裔黑人,-Pindoramic声音给生一个新的一天,每天都希望。这些声音narrate动态领地受其他ontologies emanate从鼓的关系与魔法的矿。我们在此分享2021年1月20日在Covid-19造成的全球大流行期间进行的一项叛乱采访。《生活故事》讲述了黑人妇女在歌伦波拉斗争中的地位,并由Dona Anacleta自己讲述,这段对话由WhatsApp应用程序进行,并完整地记录下来。“以我们想要的方式改变社会?这首歌在美国公告牌百强单曲榜上排名第14位,在英国单曲榜上排名第14位。关键词:生活史;Subjectivity;身体;领土。“作为一名黑人女性在斗争中首先是勇敢的,为了生命而献出生命,因为谁献出生命,谁就维持生命。”在巴西maranhao州Itapecuru-Mirim市的Santa Rosa dos Pretos“歌伦波”地区,诞生于魅力的力量、自由领土的斗争和开发项目的物流交叉的领土。dona Anacleta讲述了反抗和生存的日常方式,并向我们展示了黑人女性如何从边缘出发,在巴西的种族排斥范式面前,利用她们的身体在政治上生存,同时在捍卫生命的第一线行动。黑人的声音,非洲- pindoramicas,每天都带来新的一天,希望。这些声音讲述了由其他本体论引导的动态领域,这些本体论来自于与Tambor de Mina的魔法关系。我们在此分享2021年1月20日在Covid-19引发的全球大流行期间对insurgente的采访。dona Anacleta自己讲述了黑人在歌伦波斗争中的生活故事,这段对话是通过WhatsApp应用程序进行的,并被完整转录。“如我们所愿改变社会?”它是无所畏惧地战斗,无所畏惧地做一个女人关键词:人生故事;Subjetividad;导管;领土。
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