Construções temporais na conquista do Brasil por meio da tradução

Romana Radlwimmer, Claudia Regina Peterlini, M. Araújo
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Abstract

Nas crônicas das Ìndias e cartas jesuíticas do séc. XVI, a temporalidade em relação à tradução se realiza tanto como sobrevivência orgânica e textual quanto como uma política de aceleração. A partir de 1500, a tradução oral da conquista portuguesa depende de figuras pontuais, mas que, depois de 1550, vai aos poucos dando lugar a uma sistematização da tradução feita pelos jesuítas. Em seus colégios, os jesuítas formam agentes bilíngues, os meninos língua, e ao final do séc. XVI produzem as primeiras listas de vocábulos e gramáticas, que rapidamente se difundem. Crônicas e cartas traduzidas, que inserem “outros” sistemas de conhecimento nas terminologias europeias, são “duplamente” translacionais e ampliam ainda mais a temporalidade do processo de tradução colonial. Do momento em que uma crônica é publicada pela primeira vez até quando aparecem suas traduções podem transcorrer meses, décadas ou séculos. Este trabalho considera a temporalidade a partir de uma perspectiva fenomenológica e no contexto do colonialismo, e reconstrói as diferentes camadas de significados que ela cria em relação à conquista traduzida do Brasil.
从翻译看征服巴西的时间结构
世纪的耶稣会的慢性Ìndias信件。翻译的时间性既是一种有机的、文本的生存,也是一种加速的政治。从1500年开始,葡萄牙征服的口头翻译依赖于具体的数字,但在1550年之后,逐渐让位于耶稣会士的系统化翻译。在他们的学校里,耶稣会士培养双语特工,语言男孩,并在19世纪末。16日生产第一批名单中迅速地单词和语法,通过。翻译的编年史和信件在欧洲术语中插入了“其他”知识体系,是“双重”翻译,进一步扩大了殖民翻译过程的时间性。从编年史首次出版到翻译出现,可能需要几个月、几十年或几个世纪的时间。这部作品从现象学的角度和殖民主义的背景来考虑时间性,并重建了它在翻译征服巴西方面所创造的不同层次的意义。
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