{"title":"Vivo até a morte: a experiência limite na Crônica da Casa Assassinada","authors":"R. Soares","doi":"10.5007/1984-784x.2020.e82997","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Se, com a Crônica da Casa Assassinada, Lúcio Cardoso quer desvendar, em profundidade, a condição humana, ele o faz dramatizando a relação do ser humano com a morte e com a sexualidade. Neste artigo, proponho uma leitura do diário de André (uma das narrativas da Crônica) com o objetivo de evidenciar as implicações da morte enquanto fator responsável por ditar, não só o andamento da trama de seu relato, mas também as experiências e os sentimentos que exprimem a condição humana no que ela tem de mais essencial e definitiva. Para isso, acompanho a história de paixão e de morte entre Nina e André à luz das noções de “experiência interior” e de “erotismo”, propostas por Georges Bataille, e de “comunidade dos amantes” que, inicialmente tratada por Bataille, vai ser retomada posteriormente por Jean-Luc Nancy e Maurice Blanchot.","PeriodicalId":31105,"journal":{"name":"Boletim de Pesquisa NELIC","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Boletim de Pesquisa NELIC","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/1984-784x.2020.e82997","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Se, com a Crônica da Casa Assassinada, Lúcio Cardoso quer desvendar, em profundidade, a condição humana, ele o faz dramatizando a relação do ser humano com a morte e com a sexualidade. Neste artigo, proponho uma leitura do diário de André (uma das narrativas da Crônica) com o objetivo de evidenciar as implicações da morte enquanto fator responsável por ditar, não só o andamento da trama de seu relato, mas também as experiências e os sentimentos que exprimem a condição humana no que ela tem de mais essencial e definitiva. Para isso, acompanho a história de paixão e de morte entre Nina e André à luz das noções de “experiência interior” e de “erotismo”, propostas por Georges Bataille, e de “comunidade dos amantes” que, inicialmente tratada por Bataille, vai ser retomada posteriormente por Jean-Luc Nancy e Maurice Blanchot.