{"title":"LEITURA ESPINOSANA DE \"A NÁUSEA\": A MELANCOLIA DE ROQUENTIN","authors":"Ágatha Cavallari","doi":"10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2023.203397","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo pretende analisar a noção de melancolia tal como apresentada na caracterização de Roquentin, protagonista do romance sartriano A náusea, à luz da análise espinosana sobre os afetos, nas partes III e IV da Ética. No livro de Sartre, podemos observar sugestões constantes sobre a peculiar tristeza do personagem, baseadas em sua relação com a descoberta da contingência. Por outro lado, de acordo com a necessidade ontológica, as considerações de Espinosa sobre os afetos afirmam a impotência do melancólico e apontam a servidão daquele que crê ser conduzido pela fortuna. Portanto, nesta dinâmica, indicaremos Roquentin como o exemplo do homem que não é senhor de si, nos termos espinosanos.","PeriodicalId":33924,"journal":{"name":"Cadernos Espinosanos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos Espinosanos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2023.203397","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo pretende analisar a noção de melancolia tal como apresentada na caracterização de Roquentin, protagonista do romance sartriano A náusea, à luz da análise espinosana sobre os afetos, nas partes III e IV da Ética. No livro de Sartre, podemos observar sugestões constantes sobre a peculiar tristeza do personagem, baseadas em sua relação com a descoberta da contingência. Por outro lado, de acordo com a necessidade ontológica, as considerações de Espinosa sobre os afetos afirmam a impotência do melancólico e apontam a servidão daquele que crê ser conduzido pela fortuna. Portanto, nesta dinâmica, indicaremos Roquentin como o exemplo do homem que não é senhor de si, nos termos espinosanos.