Paulo Roberto Geraldo Filho, Alexandre Erbs, Cezar Augusto Romano, K. Q. D. Carvalho, A. Nagalli
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Abstract
Resumo A indústria da construção civil é uma das maiores consumidoras de recursos naturais. Por se encontrar em ambiente marinho, por sua magnitude e por sua produção elevada de resíduos da construção civil, obras portuárias possuem potencial poluidor, e a literatura técnico-científica sobre o assunto é incipiente. O objetivo desta pesquisa foi analisar índices de geração de resíduos sólidos durante a construção de um porto. Realizou-se o acompanhamento por 20 meses da gestão de resíduos sólidos ocorrentes na obra do Porto Dom Pedro II, em Paranaguá (PR). Por meio da avaliação aplicável à gestão de resíduos e de medições em campo, o processo de gestão dos resíduos sólidos foi caracterizado quanto aos agentes envolvidos, à origem, ao tipo, à quantidade, à taxa de geração, ao reúso e à destinação final. Foi avaliada a eficiência do processo de gerenciamento, e obtiveram-se índices de geração per capita e por área e de aproveitamento de resíduos. A composição, em massa, dos resíduos sólidos gerados na obra foi: sucata metálica (48%), sucata de madeira (29%), resíduo orgânico (10%), resíduo reciclável (8%) e resíduos perigosos (4%). Os indicadores de geração de resíduos mensais per capita foram calculados em: resíduos orgânicos (12,75 kg), ambulatoriais (8,14g), resíduos perigosos (5,33kg), copos plásticos (70,5 unidades) e equipamentos de proteção individual (3,89 unidades). Quanto à área construída, a geração média mensal de resíduos foi calculada em 0,35 kg/m2 (resíduos perigosos), 3,51 kg/m2 (madeira), 7,5 kg/m2 (sucata metálica) e 0,97 kg/m2 (orgânicos). Além do mapeamento de oportunidades de melhoria, os índices de geração e de aproveitamento calculados podem ser utilizados na gestão de resíduos da construção civil de obras semelhantes.