Impacto do ganho de peso na gravidez e do índice de massa corporal pré-gestacional no risco de complicações materno‑fetais e neonatais em mulheres com diabetes mellitus gestacional
S. A. Amancio, Andreza Ribeiro Pinho, Paulo Cruz de Queiroz
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Abstract
Objetivo: Avaliar os desfechos maternos-fetais de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC) prévio e o ganho de peso em pacientes com Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). Metodologia: Estudo retrospectivo com revisão de prontuários de gestantes com DMG e sua prole que foram acompanhados entre os anos de 2018 e 2020. Os desfechos analisados foram pré-eclâmpsia, parto pré-termo, via de parto, indução do parto, peso fetal, desconforto respiratório, hipoglicemia neonatal, malformações fetais, ou o desfecho composto de pelo menos um desses. Resultados: 120 gestantes foram incluídas no estudo, sendo que, previamente à gravidez, 22 eram eutróficas, 33 tinham sobrepeso, 36 tinham obesidade grau I, 15 grau II e 10 grau III. Houve ganho de peso adequado em 22,5 % das gestantes, 35,8 % ganharam acima e 41,7% abaixo do recomendado. IMC prévio elevado apresentou significância estatística com eventos adversos compostos, pré-eclampsia, parto cesariano e peso fetal, achado este não encontrado com o ganho de peso materno. Outros desfechos analisados não obtiveram correlação significativa com as variáveis analisadas. Conclusão: Encontramos uma importante associação do IMC pré-gestacional com piores desfechos maternos e fetais. Abordagem pré-concepcional do peso materno pode ajudar a reduzir o risco de complicações nas gestantes com DMG.