João Basílio Tarelho Szenczuk, Mayara Condé Rocha Murça, Wallace Silva Sant’anna Souza, Rogéria de Arantes Gomes
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Abstract
As Operações de Descida Contínua (CDOs) provaram entregar benefícios econômicos e ambientais significativos. No entanto, em operações reais, as trajetórias de voo são frequentemente desviadas em relação aos procedimentos ideais. Avaliar e compreender melhor o nível de aderência da trajetória aos procedimentos ideais de referência é uma etapa fundamental para a identificação de oportunidades de melhoria de desempenho do sistema. Para tanto, este trabalho apresenta um modelo estatístico de desempenho de trajetórias de voo e investiga fatores causais de ineficiência vertical durante descidas. Com base em dados históricos de rastreamento de voo, uma análise de agrupamento de trajetórias é realizada para aprender a estrutura do espaço aéreo e identificar o padrão de trajetória seguido por cada aeronave. A ineficiência vertical é quantificada em termos da quantidade de voo nivelado durante a descida. Um modelo de regressão é então desenvolvido para mapear fatores estruturais e operacionais que influenciam a eficiência vertical. Nosso estudo de caso consiste em 26.040 voos de chegada para os dois principais aeroportos da região metropolitana de São Paulo, Congonhas (CGH) e Guarulhos (GRU). Os resultados revelam que a estrutura do espaço aéreo e tempo convectivo são os fatores mais importantes que afetam a eficiência vertical no espaço aéreo analisado.