{"title":"POETRY SLAM: POR UMA COMUNIDADE QUE VEM","authors":"Gabrielle Forster","doi":"10.9771/ell.i70.43494","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Com sua performance corporal, seu ludismo e o desejo de partilha na esfera comum e cotidiana, o poetry slam se manifesta como expressão poética resistente tanto no âmbito dos temas quanto das formas, inovando os lugares de fala e os veículos de circulação do literário. Como acontecimento plural e democrático, fundado na experiência aberta do encontro e na tomada dos lugares de fala silenciados e marginalizados, os slams poéticos veiculam uma forma de comunidade diferenciada: inoperante, inconfessável e impossível, na linha das reflexões propostas por autores como Jean-Luc Nancy, Esposito, Blanchot e Agamben. Na desconstrução da acepção moderna de comunidade, tomada como núcleo atributivo e homogêneo, reside sua capacidade de resistência, enquanto renovadora de espaços, discursos e existências.","PeriodicalId":56203,"journal":{"name":"Estudos Linguisticos e Literarios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Estudos Linguisticos e Literarios","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.9771/ell.i70.43494","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Com sua performance corporal, seu ludismo e o desejo de partilha na esfera comum e cotidiana, o poetry slam se manifesta como expressão poética resistente tanto no âmbito dos temas quanto das formas, inovando os lugares de fala e os veículos de circulação do literário. Como acontecimento plural e democrático, fundado na experiência aberta do encontro e na tomada dos lugares de fala silenciados e marginalizados, os slams poéticos veiculam uma forma de comunidade diferenciada: inoperante, inconfessável e impossível, na linha das reflexões propostas por autores como Jean-Luc Nancy, Esposito, Blanchot e Agamben. Na desconstrução da acepção moderna de comunidade, tomada como núcleo atributivo e homogêneo, reside sua capacidade de resistência, enquanto renovadora de espaços, discursos e existências.