Camila Rodrigues Makiuchi, Paulo Cesar de Melo Mendes, José Alves Dantas
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Abstract
Esse trabalho teve como objetivo verificar se há relação entre a relevância dos instrumentos financeiros derivativos para as principais instituições financeiras brasileiras e sua menção nos relatórios dos auditores independentes. A relevância desse estudo se dá na importância da análise e verificação da flutuação dos instrumentos financeiros derivativos, não simplesmente pelo registro, mas em relação às variações existentes no período. Além disso, a complexidade dos instrumentos financeiros, especialmente os derivativos, bem como a subjetividade implícita no processo de mensuração do valor justo para os casos em que não há mercado secundário ativo, aumentam os riscos de distorções relevantes para a auditoria. Para realizar essa pesquisa, foram coletadas as demonstrações financeiras em IFRS e os respectivos relatórios dos auditores independentes, no período de 2014 a 2017, das 20 maiores instituições financeiras do Brasil, por valor de ativo total. Foi aplicada regressão Logit para avaliar a associação a menção a instrumentos financeiros derivativos nos relatórios de auditoria e a relevância desses instrumentos na estrutura patrimonial dos bancos. Os resultados mostram que poucos relatórios de auditoria fazem menção aos derivativos ou ativos financeiros a valor justo. A estimação da regressão mostrou não haver relação estatisticamente relevante entre as variáveis. Adicionalmente, foi constatado que o aumento da menção aos instrumentos financeiros derivativos no relatório de auditoria coincidiu com a implementação do denominado Novo Relatório de Auditoria (NRA), a partir de 2016, em particular com a implementação dos Principais Assuntos de Auditoria (PAA).