Antônio Charles Santiago Almeida, M. Basniak, R. Vidal
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Abstract
Este ensaio teórico, alicerçado em Adorno (2010), Bourdieu (2014) e Vieira Pinto (2005), admite que educação, política e tecnologia possuem uma relação quase simbiótica. A partir desses três autores, é apresentada uma discussão teórica sobre como as tecnologias, neste contexto, podem contribuir para a emancipação política de indivíduos que, quase sempre, não dispõem de uma herança de cultura. Bourdieu (2014) apresenta-nos os impedimentos de assegurar uma educação que seja justa para todos, pois, para ele, a escola é o lugar da desigualdade social. Por outro lado, Adorno (2010) discute que é preciso formar para a emancipação política, ou seja, para evitar o barbarismo cotidiano. A partir desse contexto de reprodução das estruturas dominantes, bem como de formar indivíduos participantes críticos, e de acordo com Vieira Pinto (2005), defendemos a tese de que a apropriação da tecnologia pode configurar-se como instrumento de superação das desigualdades sociais e do encurtamento das distâncias entre os capitais de cultura.