{"title":"Os corpos outros na formação em saúde: em direção a uma perspectiva interseccional do paciente nos modelos cognitivos idealizados","authors":"Aline Aver Vanin, M. Gil","doi":"10.17058/signo.v48i91.17977","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este ensaio teórico busca discutir como aspectos do campo conceitual na formação em saúde podem ter consequências materiais na perspectiva assumida por futuros profissionais. A partir da fundamentação teórica dos Modelos Cognitivos Idealizados (MCI), refletimos sobre qual é o estereótipo social consagrado de paciente ideal nesse campo, e quais são os corpos outros que são ocultados e/ou pouco considerados, mais tarde, nos atendimentos em saúde. Propomos que o tensionamento desse MCI para a construção de sentidos que vejam as intersecções em saúde permite levar em conta o impacto de determinantes sociais da saúde na vida de pacientes que são atravessados por opressões as mais diversas e que ficam à margem desse MCI. Por fim, vislumbramos a necessidade de práticas de ensino que permitam perspectivar modelos culturais que se radializem para as margens, bem como de se aprofundar competências culturais nas faculdades de ciências da saúde.","PeriodicalId":30243,"journal":{"name":"Signo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-02-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Signo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17058/signo.v48i91.17977","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este ensaio teórico busca discutir como aspectos do campo conceitual na formação em saúde podem ter consequências materiais na perspectiva assumida por futuros profissionais. A partir da fundamentação teórica dos Modelos Cognitivos Idealizados (MCI), refletimos sobre qual é o estereótipo social consagrado de paciente ideal nesse campo, e quais são os corpos outros que são ocultados e/ou pouco considerados, mais tarde, nos atendimentos em saúde. Propomos que o tensionamento desse MCI para a construção de sentidos que vejam as intersecções em saúde permite levar em conta o impacto de determinantes sociais da saúde na vida de pacientes que são atravessados por opressões as mais diversas e que ficam à margem desse MCI. Por fim, vislumbramos a necessidade de práticas de ensino que permitam perspectivar modelos culturais que se radializem para as margens, bem como de se aprofundar competências culturais nas faculdades de ciências da saúde.