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Abstract
O objetivo do texto é levar à reflexão de forma crítico-interpretativa, as práticas escolares e a descolonização do currículo em contexto determinado, por meio da análise das relações raciais e de poder de jovens negros do Ensino Médio no interior da Bahia. Para buscar compreender a complexidade dessas relações e da própria construção histórica e social de processos de dominação, a referência é a interação com os interlocutores, suas experiências vivenciadas dentro e fora da escola. A metodologia qualitativa mais utilizada enfatizou o Grupo Focal como ferramenta para coleta de dados abarcando aspectos objetivos e subjetivos para compreensão do processo escolar, propiciando através da discussão/colisão de ideias, a compreensão das divergências e contraposições. O ponto de vista dos estudantes nos obriga a reconhecer o imperativo da descolonização dos currículos e a perspectiva cultural como fator impreterível na trajetória escolar que não se circunscreve apenas na escola, mas que a considera fundamental como elemento convergente de significados e de resistência à totalização. As narrativas transcritas, mesmo atravessadas por linhas do poder e situadas em um campo turbulento de imposições, podem ser miradas como narrativas abertas, sujeitas a serem subvertidas, abertas à produção de identidades e subjetividades contra hegemônicas.
PALAVRAS-CHAVE: Descolonização. Crítica Epistemológica. Relações de Poder. Relações Raciais. Ensino Público.