Mafalda Filipa Casinhas Santos, Sara Mâncio dos Santos Limão Oliveira, Helena Margarida da Silva Morais Carrolo, Joana Manuela Soares Veríssimo Gil Pedro, David Mourão Marques Lito
{"title":"Impacto da Demonstração Repetida na Técnica Inalatória: Um Estudo Intervencional Prospetivo","authors":"Mafalda Filipa Casinhas Santos, Sara Mâncio dos Santos Limão Oliveira, Helena Margarida da Silva Morais Carrolo, Joana Manuela Soares Veríssimo Gil Pedro, David Mourão Marques Lito","doi":"10.29315/gm.v1i1.435","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: A asma continua a ser a doença crónica mais frequente na população pediátrica. O seu controlo é condicionado negativamente pela utilização incorreta dos dispositivos para terapêutica inalatória. A demonstração da técnica de utilização correta a pais ou cuidadores parece estar associada a uma redução da taxa de erro. Este estudo intervencional prospetivo pretendeu confirmar a hipótese de que a demonstração repetida da técnica inalatória a pais e cuidadores tem impacto positivo na adesão dos doentes, reduzindo a taxa de erro.MÉTODOS: Cem participantes expuseram a sua técnica inalatória em consultas sequenciais (51 em 3 consultas; e 19 em 2 consultas) com preenchimento de formulário pelo médico assistente com registo “sim” ou “não” em diferentes passos relacionados com a técnica inalatória, lavagem da boca e cuidados com a câmara.RESULTADOS: Trinta doentes foram excluídos, pois só tinham uma observação. Idade média de 2,8 anos (±1,9 anos), 63% rapazes. Ao longo do estudo, 43 participantes reduziram a taxa de erro, 11 mantiveram o erro e 16 apresentaram uma técnica correta desde o início. Verificou-se uma redução substancial da taxa de erro da técnica inalatória (p-value 0,019), bem como da lavagem da boca (p-value 0,000) e da câmara expansora (p-value 0,038). Os únicos fatores associados à redução da taxa de erro foram a demonstração prévia da técnica (p-value 0,003) e o uso prévio do dispositivo inalatório (p-value 0,038).CONCLUSÃO: A demonstração da técnica inalatória correta por um médico teve um impacto positivo imediato na redução do erro, que foi amplificado pela realização de demonstrações sequenciais.","PeriodicalId":32321,"journal":{"name":"Gazeta Medica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Gazeta Medica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.29315/gm.v1i1.435","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
INTRODUÇÃO: A asma continua a ser a doença crónica mais frequente na população pediátrica. O seu controlo é condicionado negativamente pela utilização incorreta dos dispositivos para terapêutica inalatória. A demonstração da técnica de utilização correta a pais ou cuidadores parece estar associada a uma redução da taxa de erro. Este estudo intervencional prospetivo pretendeu confirmar a hipótese de que a demonstração repetida da técnica inalatória a pais e cuidadores tem impacto positivo na adesão dos doentes, reduzindo a taxa de erro.MÉTODOS: Cem participantes expuseram a sua técnica inalatória em consultas sequenciais (51 em 3 consultas; e 19 em 2 consultas) com preenchimento de formulário pelo médico assistente com registo “sim” ou “não” em diferentes passos relacionados com a técnica inalatória, lavagem da boca e cuidados com a câmara.RESULTADOS: Trinta doentes foram excluídos, pois só tinham uma observação. Idade média de 2,8 anos (±1,9 anos), 63% rapazes. Ao longo do estudo, 43 participantes reduziram a taxa de erro, 11 mantiveram o erro e 16 apresentaram uma técnica correta desde o início. Verificou-se uma redução substancial da taxa de erro da técnica inalatória (p-value 0,019), bem como da lavagem da boca (p-value 0,000) e da câmara expansora (p-value 0,038). Os únicos fatores associados à redução da taxa de erro foram a demonstração prévia da técnica (p-value 0,003) e o uso prévio do dispositivo inalatório (p-value 0,038).CONCLUSÃO: A demonstração da técnica inalatória correta por um médico teve um impacto positivo imediato na redução do erro, que foi amplificado pela realização de demonstrações sequenciais.