{"title":"Contra a noção de parte formal: Uma resposta a Kathrin Koslicki","authors":"Rhamon de Oliveira Nunes","doi":"10.5007/1808-1711.2021.e77285","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Em seu livro de 2008, A estrutura dos objetos, Kathrin Koslicki defende uma teoria mereológica de cunho aristotélico para descrever a natureza dos objetos concretos. Tal teoria tem como coração a ideia de que objetos compostos são fusões de partes materiais e partes formais, ou seja, ela é uma espécie de neo-hilemorfismo. A principal motivação para a adoção de tal tese é se opor a certas teorias de composição, principalmente o universalismo mereológico, defendido por David Lewis (1986 e 1991). Entretanto, pretendo defender que nenhum dos argumentos de Koslicki é satisfatório para a postulação das partes formais. Isso porque os motivos que a levam ao comprometimento com essas entidades não apenas são injustificados, mas também é possível resolver os problemas levantados pela autora sem o apelo à própria noção de parte formal.","PeriodicalId":38561,"journal":{"name":"Principia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Principia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/1808-1711.2021.e77285","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"Arts and Humanities","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Em seu livro de 2008, A estrutura dos objetos, Kathrin Koslicki defende uma teoria mereológica de cunho aristotélico para descrever a natureza dos objetos concretos. Tal teoria tem como coração a ideia de que objetos compostos são fusões de partes materiais e partes formais, ou seja, ela é uma espécie de neo-hilemorfismo. A principal motivação para a adoção de tal tese é se opor a certas teorias de composição, principalmente o universalismo mereológico, defendido por David Lewis (1986 e 1991). Entretanto, pretendo defender que nenhum dos argumentos de Koslicki é satisfatório para a postulação das partes formais. Isso porque os motivos que a levam ao comprometimento com essas entidades não apenas são injustificados, mas também é possível resolver os problemas levantados pela autora sem o apelo à própria noção de parte formal.