{"title":"Modernização caricata e acumulação capitalista na Amazônia: o caso da região de Carajás","authors":"M. Monteiro, M. Bahia, E. Castro","doi":"10.18542/ncn.v25i4.13673","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo demonstra que, na região amazônica de Carajás, o ideário de transformação por via de modernização impulsionou diversas estratégias desenvolvimentistas cujos resultados diferem das expectativas. Nas cidades, há a subsunção das lógicas de ordenamento do espaço urbano a uma racionalidade intimamente atrelada à valorização mercantil do solo. Na esfera da produção, conformou-se um ambiente institucional no qual os agentes econômicos mais relevantes patrocinam práticas ambientalmente deletérias e dificultam a implementação de paradigmas tecnológicos com maior perspectiva de sustentabilidade ambiental e social. Entre outras esperanças malogradas, há uma crescente ocupação de espaços da esfera política pelo campo religioso. Conclui-se que tais desdobramentos não deslegitimam ou inviabilizam a intervenção social voltada para a busca por eficiência econômica, equidade social e prudência ecológica, mas requerem um profundo conhecimento da realidade regional e a organização de novas instituições em harmonia com a perspectiva complexa e territorializada do desenvolvimento em bases sustentáveis.","PeriodicalId":42244,"journal":{"name":"Novos Cadernos NAEA","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Novos Cadernos NAEA","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18542/ncn.v25i4.13673","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"SOCIAL SCIENCES, INTERDISCIPLINARY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo demonstra que, na região amazônica de Carajás, o ideário de transformação por via de modernização impulsionou diversas estratégias desenvolvimentistas cujos resultados diferem das expectativas. Nas cidades, há a subsunção das lógicas de ordenamento do espaço urbano a uma racionalidade intimamente atrelada à valorização mercantil do solo. Na esfera da produção, conformou-se um ambiente institucional no qual os agentes econômicos mais relevantes patrocinam práticas ambientalmente deletérias e dificultam a implementação de paradigmas tecnológicos com maior perspectiva de sustentabilidade ambiental e social. Entre outras esperanças malogradas, há uma crescente ocupação de espaços da esfera política pelo campo religioso. Conclui-se que tais desdobramentos não deslegitimam ou inviabilizam a intervenção social voltada para a busca por eficiência econômica, equidade social e prudência ecológica, mas requerem um profundo conhecimento da realidade regional e a organização de novas instituições em harmonia com a perspectiva complexa e territorializada do desenvolvimento em bases sustentáveis.