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Abstract
O período da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985) gerou severos traumas a cultura política do país, mas após a Anistia, em 1979, começaram a abundar na seara literária diversos livros que tratavam sobre o período da luta armada (1968-1975), sobretudo escritos por ex-guerrilheiros, transformando-se em campões de vendagem no período. Este artigo possui como objetivo principal examinar a construção da memória de resistência e seus usos através das fontes da Literatura do Testemunho contidas nas obras de Fernando Gabeira e Alfredo Sirkis, respectivamente com os livros, O que é isso companheiro (1982) e Os carbonários: memórias da Guerrilha Perdida (2014). Para efeitos metodológicos, tratar-se-á de um trabalho qualitativo, a partir de uma revisão bibliográfica sobre o tema; igualmente, realizaremos análise de conteúdo do corpus dessas obras. Como resultado de pesquisa, concluímos que a Literatura do Testemunho serviu de elemento fiador da memória dos autores e como expressão de resistência.