N. Floriani, D. Floriani, Adnilson De Almeida Silva, Antônio Marcio Haliski
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Abstract
Este texto tem como objetivo discutir alguns resultados de pesquisa acerca da formação de redes e sujeitos agroecológicos em comunidades rurais tradicionais da Região do Centro-Sul e dos Campos Gerais paranaenses. Parte-se da discussão da Agroecologia (AE) como campo de produção social de saberes e de práticas, pelo qual se evidenciam estratégias de cooperação, de disputas e tensões entre diversos atores em escalas local, regional e nacional. Abordam-se, para tanto, três dimensões mobilizadoras de recursos e de capacidades potencializadoras de uma relativa autonomia socioambiental, as quais teoricamente poderiam ser impulsionadas por projetos agroecológicos: dimensão organizacional, dimensão epistemológica e dimensão tecnológica. Evidencia-se, portanto, a diversidade de estratégias sociais de apropriação, produção e legitimação de discursos e práticas agroecológicas que desvelam estratégias de territorialização de múltiplas racionalidades, sejam elas de organizações sociais locais, de universidades, de sindicatos e cooperativas, de poder público municipal, estadual e nacional.Destaca-se, do conjunto de imaginações agroecológicas em disputa, aquela que se aproxima de uma ética da campesinidade e dos saberes tradicionais, muitas vezes divergentes em alguns aspectos das concepções hegemônicas científicas e institucionais oficiais, no que tange à autonomia das três dimensões anteriormente mencionadas. Nesses termos, questiona-se em que medida uma ou mais práticas e imaginários de agroecologia – quando apropriados (adaptados e hibridizados) por coletividades rurais locais – podem figurar como dispositivos mobilizadores de capitais sociais e ecológicos para a produção de subjetividades e autonomias assentes em uma ética da campesinidade.elocation-id: e2230103Recebido: 24.08.2021 • Aceito: 04.02.2022 • Publicado: 23.02.2022Artigo original / Revisão por pares cega / Acesso aberto