{"title":"Os Katxuyana e a casa tamiriki: protagonismo ameríndio na valorização cultural","authors":"A. R. T. D. Mello, Regina Abreu","doi":"10.5902/2236672537527","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo o protagonismo ameríndio na valorização de sua cultura foi analisado à luz dos conceitos de participação de “novos sujeitos de direito” e da objetivação da cultura. Esta reflexão partiu da reconstrução da casa tamiriki,um tipo construtivo abandonado por quase quatro décadas, enquanto o povo Katxuyana viveu longe de seu território, às margens do rio Cachorro, no município paraense de Oriximiná, Pará-Brasil. Desde que regressaram a essa região, no final dos anos de 1990, depois de conviverem com outros indígenas, os Katxuyana têm se mobilizado para assegurar sua tradição a seus descendentes, através do aprendizado de seu kwe’toh kumu(“nosso jeito de ser” katxuyana). Preservar o patrimônio indígena, nesse caso, implicou também fortalecer a figura do chefe da aldeia, o pata yotono, com a retomada do modo de organização social de uma aldeia katxuyana. A reconstrução datamiriki,ancorada na memória social dos anciões, revelou a importância de um lugar construído para a sociabilidade aldeã. ","PeriodicalId":30987,"journal":{"name":"Seculo XXI Revista de Ciencias Sociais","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-03-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Seculo XXI Revista de Ciencias Sociais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5902/2236672537527","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste artigo o protagonismo ameríndio na valorização de sua cultura foi analisado à luz dos conceitos de participação de “novos sujeitos de direito” e da objetivação da cultura. Esta reflexão partiu da reconstrução da casa tamiriki,um tipo construtivo abandonado por quase quatro décadas, enquanto o povo Katxuyana viveu longe de seu território, às margens do rio Cachorro, no município paraense de Oriximiná, Pará-Brasil. Desde que regressaram a essa região, no final dos anos de 1990, depois de conviverem com outros indígenas, os Katxuyana têm se mobilizado para assegurar sua tradição a seus descendentes, através do aprendizado de seu kwe’toh kumu(“nosso jeito de ser” katxuyana). Preservar o patrimônio indígena, nesse caso, implicou também fortalecer a figura do chefe da aldeia, o pata yotono, com a retomada do modo de organização social de uma aldeia katxuyana. A reconstrução datamiriki,ancorada na memória social dos anciões, revelou a importância de um lugar construído para a sociabilidade aldeã.