{"title":"Poética em caminhada: presença do corpo em voz nas letras das composições de Bob Dylan","authors":"Giulio Daniel Mello, Â. Fronckowiak","doi":"10.17058/signo.v47i89.17280","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo investiga, nas letras das composições de Bob Dylan, o registro de um corpo em voz que se movimenta, impulsionado pela bagagem da biografia do compositor. Para tanto, inicia tentando compreender o conceito do corpo em voz através dos estudos de Paul Zumthor e se há a possibilidade de emergir de uma letra impressa no papel, lida como um poema, a repercussão lírica do cancioneiro. Também demonstra, a partir de uma perspectiva fenomenológica em Bachelard, que esse corpo em voz, dotado de experiências de estrada, pode projetar caminhos na imaginação do leitor-ouvinte. Para isso o estudo seleciona cinco letras de canções da obra de Dylan, gravadas entre 1962 e 1965, certificando evidências temáticas e mecanismos de linguagem utilizados pelo compositor, como vocabulário semântico de topoi de viagem, analogias e metáforas, que podem possibilitar e comprovar um devaneio da caminhada no receptor. \n ","PeriodicalId":30243,"journal":{"name":"Signo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Signo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17058/signo.v47i89.17280","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo investiga, nas letras das composições de Bob Dylan, o registro de um corpo em voz que se movimenta, impulsionado pela bagagem da biografia do compositor. Para tanto, inicia tentando compreender o conceito do corpo em voz através dos estudos de Paul Zumthor e se há a possibilidade de emergir de uma letra impressa no papel, lida como um poema, a repercussão lírica do cancioneiro. Também demonstra, a partir de uma perspectiva fenomenológica em Bachelard, que esse corpo em voz, dotado de experiências de estrada, pode projetar caminhos na imaginação do leitor-ouvinte. Para isso o estudo seleciona cinco letras de canções da obra de Dylan, gravadas entre 1962 e 1965, certificando evidências temáticas e mecanismos de linguagem utilizados pelo compositor, como vocabulário semântico de topoi de viagem, analogias e metáforas, que podem possibilitar e comprovar um devaneio da caminhada no receptor.