{"title":"PERFIL DOS ACIDENTES CAUSADOS POR ANIMAIS PEÇONHENTOS REGISTRADOS EM UBERLÂNDIA, MINAS GERAIS (2014 - 2018)","authors":"Cláudio Ferreira Nogueira, Louryel Henrique Nogueira Alves, Débora Cristina Rafael Nunes","doi":"10.14393/HYGEIA17057641","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Acidente por animais peçonhentos é um agravo de notificação compulsória. Devido ao grande número de casos no estado de Minas Gerais e ausência de informação sobre o agravo em Uberlândia, o estudo objetivou descrever o perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos no município (2014-2018). Tratou-se de uma pesquisa observacional, descritiva, retrospectiva, baseada em dados secundários extraídos das fichas de Notificação Compulsória. Dos 1676 casos analisados, 1605 referiram-se a acidentes por animais peçonhentos. Os acidentes ocorreram principalmente em zona urbana, em mulheres para todos os animais peçonhentos, exceto serpentes e a faixa etária mais acometida foi 18-60 anos. Os escorpiões foram os principais agentes agressores, seguido por serpentes, aranhas e abelhas. As vítimas procuraram atendimento médico rapidamente, a maioria dos casos foi leve e não recebeu soroterapia. Praticamente todos os casos evoluíram para cura e poucos óbitos foram registrados. Acidentes causados por escorpiões/serpentes ocorreram mais nos meses chuvosos do ano e, para as aranhas/abelhas, foram constantes ao longo dos meses. As regiões anatômicas mais acometidas foram cabeça, seguido de membros superiores e tronco para abelhas e, membros inferiores e superiores para aranhas, escorpiões e serpentes. A principal manifestação local foi dor, manifestações sistêmicas foram menos comuns e complicações raras.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"17 1","pages":"81-96"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-04-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14393/HYGEIA17057641","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Acidente por animais peçonhentos é um agravo de notificação compulsória. Devido ao grande número de casos no estado de Minas Gerais e ausência de informação sobre o agravo em Uberlândia, o estudo objetivou descrever o perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos no município (2014-2018). Tratou-se de uma pesquisa observacional, descritiva, retrospectiva, baseada em dados secundários extraídos das fichas de Notificação Compulsória. Dos 1676 casos analisados, 1605 referiram-se a acidentes por animais peçonhentos. Os acidentes ocorreram principalmente em zona urbana, em mulheres para todos os animais peçonhentos, exceto serpentes e a faixa etária mais acometida foi 18-60 anos. Os escorpiões foram os principais agentes agressores, seguido por serpentes, aranhas e abelhas. As vítimas procuraram atendimento médico rapidamente, a maioria dos casos foi leve e não recebeu soroterapia. Praticamente todos os casos evoluíram para cura e poucos óbitos foram registrados. Acidentes causados por escorpiões/serpentes ocorreram mais nos meses chuvosos do ano e, para as aranhas/abelhas, foram constantes ao longo dos meses. As regiões anatômicas mais acometidas foram cabeça, seguido de membros superiores e tronco para abelhas e, membros inferiores e superiores para aranhas, escorpiões e serpentes. A principal manifestação local foi dor, manifestações sistêmicas foram menos comuns e complicações raras.