Renata Barreto da Fonseca, João Barreto da Fonseca, Vanessa Maia Barbosa de Paiva
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Abstract
O romance Mulheres Empilhadas, de Patrícia Melo, experimenta vários elementos de escrita: texto jornalístico, linguagem jurídica, poemas, ficção literária, narrativas factuais, descrições e opiniões. Todo esse esforço linguístico tem por objetivo extrair de seus relatos a intensidade máxima, com a intenção de convencer o leitor da gravidade e onipresença do feminicídio. Na trama, uma advogada em São Paulo, agredida pelo namorado, viaja ao Acre, ao mesmo tempo para se distanciar da violência e para trabalhar em um projeto sobre mulheres agredidas. A partir desse deslocamento, a personagem sem nome, que representa a mulher universal, passa a pensar sobre questões relativas à violência física em relação à intimidade, à desumanização da mulher e aos processos de vulnerabilização que precarizam as relações e destroem o corpo feminino.