Ademilson Coneglian, Bianca Garcia dos Santos, D. Costa, Steffane Lorrayne da Luz Brito, S. Cunha, Ismael Martins Pereira
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Abstract
As queimadas nos ecossistemas naturais ocorrem de forma frequente e descontrolada, principalmente devido às ações antrópicas. Este trabalho objetivou analisar o tempo de letalidade do câmbio da casca na temperatura de 60 °C em duas espécies florestais, Tachigali paniculata Aubl. (carvoeiro) e Cecropia pachystachya Trécul (embaúba), ambas nativas do bioma Cerrado. Coletaram-se amostras de 10 árvores, distribuídas em duas classes diamétricas de 5 ┤15 e 15 ┤25 cm, contendo cinco indivíduos em cada classe. Foram retiradas amostras de 10 x 10 cm da casca (floema + periderme) de cada árvore, na altura do peito (DAP) de ambas as espécies. Após a verificação dos pressupostos de normalidade e de homogeneidade de variâncias residuais, os dados foram submetidos à análise de regressão para verificar as variáveis interligadas à resistência do câmbio a exposição ao fogo. Cecropia pachystachya (embaúba) apresentou uma espessura de casca de 2,40 mm a 6,53 mm e tempo de 55 segundos a 2 minutos e 23 segundos para que câmbio atingisse a temperatura letal de 60°C, enquanto para espécie Tachigali paniculata (carvoeiro) obteve uma espessura de casca que variou de 4,97 a 15,60 mm e o tempo de 1 minuto e 26 segundos a 4 minutos 19 segundos para a letalidades do câmbio. Portanto, o carvoeiro é 65% mais resistente ao calor do fogo, quando comparada com embaúba. Desse modo, as espécies florestais com maior espessura de casca apresentam maior tempo de resistência a exposição de incêndios florestais, sendo que a presença da casca (floema + periderme) são cruciais para a sobrevivência das espécies do Bioma Cerrado.