J. C. Santos, Nilo Manoel Pereira Vieira Barreto, Hortência Souza Santana, S. Sá, L. Silva
{"title":"Percepção das mães em relação ao desenvolvimento neuropsicomotor de seus filhos com doenças hepáticas: um estudo qualitativo","authors":"J. C. Santos, Nilo Manoel Pereira Vieira Barreto, Hortência Souza Santana, S. Sá, L. Silva","doi":"10.17267/2238-2704rpf.v11i4.4121","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: Muito se sabe sobre o quanto as doenças hepáticas impactam no desenvolvimento cognitivo, motor e social infantil. Entretanto, saber o que as mães pensam sobre o desenvolvimento de seus filhos e os aspectos que elas consideram mais importantes constituem temas pouco explorados. OBJETIVO: Investigar as percepções das mães de crianças hepatopatas acerca do desenvolvimento de seus filhos. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritivo-exploratória, realizada com 12 mães de crianças (até 6 anos de idade) com hepatopatias crônicas, acompanhadas num centro de referência da Bahia. Realizou-se entrevista narrativa para coleta dos dados, que foram posteriormente transcritas e processadas conforme a análise de conteúdo temático categorial de Bardin. Foi comparado a percepção das mães acerca do desenvolvimento de seus filhos com os resultados obtidos na avaliação com o Teste de triagem de Denver II (TTDII) de suas crianças. RESULTADOS: Há concordância na maioria dos resultados da avaliação para suspeita ou risco do desenvolvimento neuropsicomotor, demonstrando que essas mães conseguem identificar comportamentos típicos e atípicos. As falas maternas são de superproteção e amenização do processo do adoecimento, bem como autoconfiança e superioridade como uma atitude de defesa, na tentativa de escamotear o sentimento de fragilidade frente a doença. CONCLUSÕES: A percepção das mães acerca do desenvolvimento de seus filhos foi convergente com os resultados do TTDII. As mães e as crianças precisam de acompanhamento multiprofissional para melhor manejo terapêutico e neurodesenvolvimento, bem como suporte familiar.","PeriodicalId":36370,"journal":{"name":"Revista Pesquisa em Fisioterapia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-11-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Pesquisa em Fisioterapia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v11i4.4121","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Health Professions","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
INTRODUÇÃO: Muito se sabe sobre o quanto as doenças hepáticas impactam no desenvolvimento cognitivo, motor e social infantil. Entretanto, saber o que as mães pensam sobre o desenvolvimento de seus filhos e os aspectos que elas consideram mais importantes constituem temas pouco explorados. OBJETIVO: Investigar as percepções das mães de crianças hepatopatas acerca do desenvolvimento de seus filhos. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritivo-exploratória, realizada com 12 mães de crianças (até 6 anos de idade) com hepatopatias crônicas, acompanhadas num centro de referência da Bahia. Realizou-se entrevista narrativa para coleta dos dados, que foram posteriormente transcritas e processadas conforme a análise de conteúdo temático categorial de Bardin. Foi comparado a percepção das mães acerca do desenvolvimento de seus filhos com os resultados obtidos na avaliação com o Teste de triagem de Denver II (TTDII) de suas crianças. RESULTADOS: Há concordância na maioria dos resultados da avaliação para suspeita ou risco do desenvolvimento neuropsicomotor, demonstrando que essas mães conseguem identificar comportamentos típicos e atípicos. As falas maternas são de superproteção e amenização do processo do adoecimento, bem como autoconfiança e superioridade como uma atitude de defesa, na tentativa de escamotear o sentimento de fragilidade frente a doença. CONCLUSÕES: A percepção das mães acerca do desenvolvimento de seus filhos foi convergente com os resultados do TTDII. As mães e as crianças precisam de acompanhamento multiprofissional para melhor manejo terapêutico e neurodesenvolvimento, bem como suporte familiar.