Yasmin Mamade, Inês Mendes, Sílvia Balhana, C. Pereira, Mafalda Vasconcelos, Ana Patrícia Moreira, Francisco Araújo
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Abstract
A infeção por SARS-CoV-2 teve consequências diretas na saúde individual dos nossos doentes, mas teve também uma repercussão significativa a nível económico e social. Os sistemas de saúde tiveram de se adaptar rapidamente a uma pandemia que colocou em cheque a resiliência de estados e da sociedade. Analisamos o impacto da primeira fase da pandemia na reorganização dos sistemas de saúde (limitação de acesso a cuidados e o foco direcionado para a COVID-19) nos doentes de risco cardiovascular e a alteração no comportamento destes doentes (como o isolamento, a incerteza de contágio e a ansiedade). Estes mecanismos indiretos poderão ter contribuído para o subdiagnóstico, atrasos no diagnóstico e no tratamento e ter contribuído para o aumento da mortalidade registada, mesmo em doentes não infetados pelo SARS-CoV-2.