{"title":"PAULO PRADO: DESORDEM, DESMESURA E DESCONTROLE NA FORMAÇÃO DO BRASIL","authors":"Carmen Felgueiras","doi":"10.1590/0102-013042/115","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo Este artigo propõe uma análise de Retrato do Brasil e Paulítica , de Paulo Prado, tomando como ponto de partida o diagnóstico da formação histórica da sociedade brasileira, marcada pela tríade da desordem, da desmesura e do descontrole, e pelas dificuldades que representa para a constituição de uma ordem social moderna no país. Sugere-se que, nessa interpretação do Brasil, os temas da melancolia e do ethos romântico constituem-se em peças-chave, capazes de organizar a narrativa a partir dos momentos históricos mais remotos, desde o descobrimento até os anos de 1920, época em que esses ensaios foram escritos. Dessa forma, trata-se, segundo a perspectiva de Paulo Prado, do sentido e da utilidade dos estudos históricos para a reflexão sobre uma dada modernidade.","PeriodicalId":35204,"journal":{"name":"Lua Nova","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Lua Nova","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/0102-013042/115","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo Este artigo propõe uma análise de Retrato do Brasil e Paulítica , de Paulo Prado, tomando como ponto de partida o diagnóstico da formação histórica da sociedade brasileira, marcada pela tríade da desordem, da desmesura e do descontrole, e pelas dificuldades que representa para a constituição de uma ordem social moderna no país. Sugere-se que, nessa interpretação do Brasil, os temas da melancolia e do ethos romântico constituem-se em peças-chave, capazes de organizar a narrativa a partir dos momentos históricos mais remotos, desde o descobrimento até os anos de 1920, época em que esses ensaios foram escritos. Dessa forma, trata-se, segundo a perspectiva de Paulo Prado, do sentido e da utilidade dos estudos históricos para a reflexão sobre uma dada modernidade.