Fabiano Chagas Rabêlo, Reginaldo Rodrigues Dias, Karla Patrícia Holanda Martins, K. E. Schøllhammer
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Abstract
Resumo Mapeiam-se os processos históricos, estéticos e epistêmicos dos séculos XVIII e XIX que associam romantismo, literatura fantástica e psicanálise. Defende-se que o fantástico constitui um importante vetor por meio do qual elementos do romantismo foram incorporados ao modelo psicanalítico de aparelho psíquico. Parte-se da perspectiva de que a assimilação da influência romântica realizou-se de forma seletiva e criativa. Destacam-se alguns pontos de tensões e compromissos entre romantismo e o iluminismo, que foram retomados e transformados pelo fantástico e a psicanálise: as temáticas do amor, da loucura, da sexualidade, das superstições e dos mitos; o questionamento da relação entre o real e suas representações e entre pensamento e consciência; e a valorização do uso retórico da ironia. Aponta-se a abordagem psicanalítica do infamiliar (Unheimliche) como o momento mais sensível dessa interlocução.