{"title":"A propósito de Pieter Bruegel, O Quadro ou a esfera infinita. Por uma reforma teológico-política do entendimento","authors":"Laurent Bove, Stéphane Huchet","doi":"10.5965/2175234613302021109","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A obra pintada de Bruegel se situa no início de um período de profundas comoções cujo episódio final, Spinoza viveu. A unidade intrínseca de um período histórico vincula, portanto, o pintor e o filósofo: é a unidade de uma luta pela liberdade de expressão. Essa simetria, antes, histórica, do pintor e do filósofo, suscitava a hipótese de outra simetria, epistemológica, entre a imagem e o conceito. Essa dupla simetria está no princípio das minhas interrogações. Será que, como um século mais tarde em Spinoza, o trabalho pictórico de Bruegel já não produzia um dispositivo teórico peculiar que, no seu domínio próprio, refletia “sobre” – e a partir “de” – a distinção entre imaginação e entendimento? Essa questão e a convicção de uma atividade cognitiva da arte envolviam ao mesmo tempo uma hipótese de trabalho e minhas motivações epistemológicas.","PeriodicalId":33720,"journal":{"name":"Palindromo","volume":"13 1","pages":"109-126"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-05-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Palindromo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5965/2175234613302021109","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A obra pintada de Bruegel se situa no início de um período de profundas comoções cujo episódio final, Spinoza viveu. A unidade intrínseca de um período histórico vincula, portanto, o pintor e o filósofo: é a unidade de uma luta pela liberdade de expressão. Essa simetria, antes, histórica, do pintor e do filósofo, suscitava a hipótese de outra simetria, epistemológica, entre a imagem e o conceito. Essa dupla simetria está no princípio das minhas interrogações. Será que, como um século mais tarde em Spinoza, o trabalho pictórico de Bruegel já não produzia um dispositivo teórico peculiar que, no seu domínio próprio, refletia “sobre” – e a partir “de” – a distinção entre imaginação e entendimento? Essa questão e a convicção de uma atividade cognitiva da arte envolviam ao mesmo tempo uma hipótese de trabalho e minhas motivações epistemológicas.