{"title":"PERCEPÇÃO DOS GESTORES MUNICIPAIS E AUDITORES FISCAIS SOBRE AS PRIORIDADES PARA A AÇÃO GOVERNAMENTAL NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA PARAÍBA","authors":"Ana Maria Vicente da Silva","doi":"10.12662/2359-618xregea.v13i3.p157-170.2024","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho visa analisar a percepção dos gestores municipais e auditores fiscais sobre as prioridades para a ação governamental nos municípios da Paraíba. A investigação utilizou uma análise multicritério, com aplicação do Diagrama de Mudge, abrangendo dois grupos de respondentes: auditores do Tribunal de Contas da Paraíba (TCE), ligados ao Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade (SAGRES), e gestores municipais. Os resultados revelam que, apesar de a literatura adotar um conjunto variado de indicadores para avaliar a gestão municipal, em regiões menos desenvolvidas, os atores governamentais estão mais preocupados em garantir elementos básicos para a população. Solucionar problemas de materialidade, como renda, serviços básicos, saúde e alimentação, é considerado essencial para que a população comece a priorizar aspectos como participação e responsabilização. Essas constatações refletem a realidade econômica e social da região onde a pesquisa foi conduzida: uma área economicamente atrasada, com grandes problemas sociais e uma forte presença de políticas assistencialistas. Indicadores relacionados à participação e interação, apesar de fortemente destacados na literatura, foram menos avaliados por ambos os grupos de respondentes. Isso sugere que, em contextos de maior vulnerabilidade socioeconômica, a atenção governamental tende a se concentrar mais em necessidades imediatas e fundamentais, relegando a segundo plano aspectos de governança que envolvem maior participação cidadã. Conclui-se que, para regiões como a Paraíba, a melhoria das condições básicas de vida é uma prioridade antes de se avançar em questões de participação e responsabilização governamental.","PeriodicalId":504085,"journal":{"name":"Revista Gestão em Análise","volume":"16 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-08-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Gestão em Análise","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.12662/2359-618xregea.v13i3.p157-170.2024","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este trabalho visa analisar a percepção dos gestores municipais e auditores fiscais sobre as prioridades para a ação governamental nos municípios da Paraíba. A investigação utilizou uma análise multicritério, com aplicação do Diagrama de Mudge, abrangendo dois grupos de respondentes: auditores do Tribunal de Contas da Paraíba (TCE), ligados ao Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade (SAGRES), e gestores municipais. Os resultados revelam que, apesar de a literatura adotar um conjunto variado de indicadores para avaliar a gestão municipal, em regiões menos desenvolvidas, os atores governamentais estão mais preocupados em garantir elementos básicos para a população. Solucionar problemas de materialidade, como renda, serviços básicos, saúde e alimentação, é considerado essencial para que a população comece a priorizar aspectos como participação e responsabilização. Essas constatações refletem a realidade econômica e social da região onde a pesquisa foi conduzida: uma área economicamente atrasada, com grandes problemas sociais e uma forte presença de políticas assistencialistas. Indicadores relacionados à participação e interação, apesar de fortemente destacados na literatura, foram menos avaliados por ambos os grupos de respondentes. Isso sugere que, em contextos de maior vulnerabilidade socioeconômica, a atenção governamental tende a se concentrar mais em necessidades imediatas e fundamentais, relegando a segundo plano aspectos de governança que envolvem maior participação cidadã. Conclui-se que, para regiões como a Paraíba, a melhoria das condições básicas de vida é uma prioridade antes de se avançar em questões de participação e responsabilização governamental.