Dafne Fontoura de Lima, Francisco Chiaravalloti Neto, J. Sinhorini, Nilson Roberti Benites
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Abstract
A esporotricose é uma doença fúngica negligenciada, relacionada a situações socioeconômicas desfavoráveis, que atinge humanos e animais, principalmente felinos. Até o ano de 2010 alguns casos isolados de esporotricose felina foram registrados no município de São Paulo, mas o primeiro surto aconteceu no ano de 2011 e desde então houve um aumento exponencial do número de casos. Para o desenvolvimento do presente estudo, foram utilizados dados referentes aos casos de esporotricose em gatos registrados no município nos anos de 2021 e 2022, disponibilizados pelo Divisão de Vigilância em Zoonoses (DVZ) de São Paulo. Foi então realizado um estudo ecológico com o objetivo de descrever a distribuição espacial da doença nesse período e elucidar uma possível distinção em número de casos entre periferia e centro do município de São Paulo. Para tal foram desenvolvidos mapas de Kernel que acusaram um padrão espacial compatível com a hipótese; Análise de Moran local com correção False Discovery Rate (FDR) que acusou dependência espacial em alguns dos distritos periféricos; e teste de Mann – Whitney para comparação do número de casos entre distritos periféricos e centrais que obteve como p valor 0,003, indicando que os distritos de divisa apresentam mais casos do que os centrais. Esses resultados corroboram com uma nova hipótese na qual o cenário atual da esporotricose no município de São Paulo pode indicar epidemias em curso em municípios vizinhos. Se trata de um problema de saúde única que requer um trabalho multidisciplinar e concomitante de todos os municípios da região.