Lenise Moreira Da Silva, Cristiane Koeche, Luiz Sérgio De Carvalho, Anna Karla Carneiro Roriz, L. Ramos, Maria Liz Cunha de Oliveira, Henrique Salmazo Da Silva
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Abstract
O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência e os fatores associados ao uso de Medicamentos Potencialmente Inapropriados (MPI) em pessoas idosas institucionalizadas. Trata-se de um estudo transversal realizado com 86 pessoas idosas residentes em Instituições de Longa Permanência em Brasília/DF e na cidade de Salvador/BA. Os dados de saúde e dos medicamentos foram avaliados por meio de análises descritivas e inferenciais (valor de p < 0,05). Da amostra, 76,7% dos idosos utilizavam pelo menos um MPI e 91,8% apresentavam uma ou mais doenças, sendo a hipertensão arterial a doença mais comum. Os MPI mais prescritos foram os psicolépticos, com frequência de uso de 28,0 e os medicamentos que devem ser usados com cautela mais prescritos foram os psicoanalépticos (34,8%) e psicoléticos (28,1%). No que tange fatores associados, houve associação estatisticamente significante entre declínio cognitivo e uso de medicamentos que devem ser usados com cautela (OR=2,98; p=0,024) e entre o número de doenças crônicas e uso de medicamentos potencialmente inapropriados em idosos (OR=2,95; p=0,024). Concluiu–se que a alta prevalência do uso de MPI por pessoas idosas institucionalizadas indica a necessidade de remodelação dos tratamentos medicamentos, bem como a melhoria da assistência médica nas instituições de longa permanência brasileiras. O alto uso de medicamentos psicotrópicos destaca o tratamento de demências e transtornos mentais como um dos principais desafios da assistência nesses serviços.