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Abstract
Este ensaio faz parte de uma pesquisa ainda em desenvolvimento, no campo híbrido da psicologia social e tecnologias digitais, e pretende fazer uma relação transdisciplinar com a psicanálise ao colocar em análise os modos como temos nos relacionado com interfaces de IA, problematizando a produção de subjetividades contemporâneas, a cafetinagem do desejo (ROLNIK, 2018) e as possibilidades encontradas a partir do paradigma da tecnodiversidade (HUI, 2020). Uma investigação que se ocupe do paradigma proposto como tecnodiversidade se atenta a outros modos de saber-fazer tecnológico, não limitado apenas a dimensão antropocêntrica e seus sistemas de dominação hegemonicamente instituídos, mas propõe agenciamentos com outras perspectivas de significar os encontros entre a moral e a técnica, abrindo condições de possibilidade para a expressão de cosmotécnicas que possam visibilizar outros campos de força e forma como resistência a pasteurização da vida. Descafetinar o desejo que anseia pela hiperconectividade e goza com a aceleração do tempo tem a ver com as possibilidades de resistência ao que tem sido programado, mas também, composição com os algoritmos. Se o modo como eles têm perpetrado as relações ainda configura-se como prática de consumo que demanda conexão com o ‘novo’ ou instantâneo permanentemente, torna-se importante destacar que o modo como nos permitimos ser afetados pelos encontros com as máquinas e suas propostas é também um modo de (re)posionamento diante da tecnologia.