{"title":"Um corpo-fílmico doente","authors":"Lucas Camargo de Barros, Fabián Cevallos Vivar","doi":"10.22475/rebeca.v13n1.1088","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo analisamos quais operações estético-formais que o longa-metragem “E agora? Lembra-me” (Joaquim Pinto, 2013) lança mão para subverter o caráter colonial-patológico deste corpo-fílmico que o próprio realizador denomina de “caderno de apontamentos de um ano de ensaios clínicos”. Nossa reflexão aprofunda o estudo de narrativas doentes como potência de visibilização de corpos diversos em sentido formal e temático, expandindo assim a doença como uma experiência naturocultural e um instrumento para subversão formal. Esta perspectiva está assentada em uma abordagem teórica e metodológica que temos denominado como patologias fílmicas e na Teoria de cineastas (respeitando o caráter autobiográfico do filme). Utilizamos a base filosófico-política dos estudos crip para propor um outro tipo de arquivamento, a somateca anticolonial, onde manifesta-se potência de vida.","PeriodicalId":325217,"journal":{"name":"Rebeca - Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual","volume":"153 1‐3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-07-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Rebeca - Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22475/rebeca.v13n1.1088","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste artigo analisamos quais operações estético-formais que o longa-metragem “E agora? Lembra-me” (Joaquim Pinto, 2013) lança mão para subverter o caráter colonial-patológico deste corpo-fílmico que o próprio realizador denomina de “caderno de apontamentos de um ano de ensaios clínicos”. Nossa reflexão aprofunda o estudo de narrativas doentes como potência de visibilização de corpos diversos em sentido formal e temático, expandindo assim a doença como uma experiência naturocultural e um instrumento para subversão formal. Esta perspectiva está assentada em uma abordagem teórica e metodológica que temos denominado como patologias fílmicas e na Teoria de cineastas (respeitando o caráter autobiográfico do filme). Utilizamos a base filosófico-política dos estudos crip para propor um outro tipo de arquivamento, a somateca anticolonial, onde manifesta-se potência de vida.