{"title":"Retrospectiva Sarah Maldoror","authors":"Bárbara Bergamaschi Novaes","doi":"10.22475/rebeca.v13n1.1144","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esta resenha discute a sensação de estranheza e familiaridade vivida por uma brasileira em Lisboa, conectando essa experiência pessoal à obra da cineasta anticolonial Sarah Maldoror (1929-2020). Maldoror é reconhecida como a primeira mulher a dirigir um longa-metragem em um país africano. Neste texto - um híbrido entre crítica, diário de bordo e crônica - abordamos a trajetória de Maldoror, a partir dos filmes vistos na retrospectiva de sua obra na Cinemateca Portuguesa. A resenha oferece breves análises dos seus filmes mais célebres, incluindo “Monangambée” (1969) e “Sambizanga” (1972), como também relatos acerca de seus filmes de mais difícil acesso, tais como Un Masque à Paris (1978) e Un dessert pour Constance (1981). A resenha destaca a parceria entre Maldoror, Aimé Césaire e cineastas da Rive Gauche francesa, e como estas trocas intelectuais estão patentes em sua fatura fílmica e na sua luta anticolonial. Relaciona-se também a obra de Maldoror com a literatura e o movimento surrealista, ressaltando a sua habilidade de criar jogos com as palavras, transitando entre diferentes saberes e sabores, subvertendo a língua e a cultura do colonizador por meio da própria linguagem cinematográfica.","PeriodicalId":325217,"journal":{"name":"Rebeca - Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual","volume":"31 14","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-07-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Rebeca - Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22475/rebeca.v13n1.1144","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Esta resenha discute a sensação de estranheza e familiaridade vivida por uma brasileira em Lisboa, conectando essa experiência pessoal à obra da cineasta anticolonial Sarah Maldoror (1929-2020). Maldoror é reconhecida como a primeira mulher a dirigir um longa-metragem em um país africano. Neste texto - um híbrido entre crítica, diário de bordo e crônica - abordamos a trajetória de Maldoror, a partir dos filmes vistos na retrospectiva de sua obra na Cinemateca Portuguesa. A resenha oferece breves análises dos seus filmes mais célebres, incluindo “Monangambée” (1969) e “Sambizanga” (1972), como também relatos acerca de seus filmes de mais difícil acesso, tais como Un Masque à Paris (1978) e Un dessert pour Constance (1981). A resenha destaca a parceria entre Maldoror, Aimé Césaire e cineastas da Rive Gauche francesa, e como estas trocas intelectuais estão patentes em sua fatura fílmica e na sua luta anticolonial. Relaciona-se também a obra de Maldoror com a literatura e o movimento surrealista, ressaltando a sua habilidade de criar jogos com as palavras, transitando entre diferentes saberes e sabores, subvertendo a língua e a cultura do colonizador por meio da própria linguagem cinematográfica.