Silvana Maria de Oliveira Sousa, E. Alves, Laura Emanuela Pinheiro Machado, Raquel Oliveira Piancó Teixeira, Kilvia Rodrigues Gomes Cavalcante, Francisca Alice Almeida Santos, Lyllian Millena da Costa Matos, Laércia Ferreira Martins
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Abstract
Cuidados Paliativos promovem qualidade de vida aos pacientes/familiares com doenças ameaçadoras à vida, através da prevenção, alívio do sofrimento e dor, identificação precoce, avaliação e tratamento dos problemas físico-psico-social-espirituais. Esse conceito vem sendo amplamente discutido nas últimas décadas o que nos faz questionar: Os profissionais de saúde conhecem o conceito e princípios dos cuidados paliativos conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde? Objetivou-se avaliar conhecimentos/conceito em cuidados paliativos pelos profissionais de saúde descritos na literatura nacional nos últimos anos. Por meio de Revisão integrativa da literatura buscou-se artigos indexados entre 2014-2019 nas bases: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google Scholar. Utilizou-se os descritores “Conceito”, “Conhecimento”, “Cuidados Paliativos e suas combinações com diversas categorias de profissionais de saúde. Após aplicar critérios em quase 100mil resultados, analisou-se em 25 artigos o conhecimento de 1391 diferentes profissionais de saúde. Os estudos evidenciaram diferentes graus de desconhecimento sobre conceito e princípios dos cuidados paliativos, gerando confusão e relacionando à assistência prestada somente no final da vida. 100% dos estudos mencionaram alívio da dor e sintomas físicos. A assistência aos pacientes em paliação deve proporcionar cuidado para qualidade de vida, com assistência interdisciplinar; participação familiar; cuidados contínuos à pessoa nas dimensões bio-psico-socio-espirituais. Os estudos com profissionais de unidades oncológicas apresentaram melhor compreensão disto. Foi recorrente o reconhecimento da importância da equipe multidisciplinar. Paradoxalmente, em 11(44%) dos estudos o médico é considerado profissional protagonista e unicamente atuante em todo processo. Preocupa-se constatar menção à formação deficiente, despreparo técnico/emocional dos profissionais com as situações e com pacientes em paliação em quase 100% estudos. Assim, infere-se confusão e desconhecimento sobre o conceito de cuidados paliativos que é amplo e complexo, originando inseguranças para profissionais de saúde que não têm preparo adequado desde a graduação.