Efetividade dos testes rápidos de sífilis em gestantes na prevenção de Sífilis Congênita: análise temporal de dados epidemiológicos antes e depois da implementação do rastreio pré natal no Estado de Minas Gerais
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Abstract
A sífilis gestacional (SG) é uma doença de notificação compulsória que se apresenta como um grave problema de saúde pública no Brasil, devido à grande incidência e às consequências que pode desencadear tanto na gestante quanto no feto, culminando na sífilis congênita (SC). Em 2012 o Ministério da Saúde instituiu a obrigatoriedade da inclusão de Testes Rápidos (TR) de sífilis no pré-natal de gestantes, para que sejam identificadas e tratadas, prevenindo que o feto seja infectado. Este estudo objetiva avaliar a efetividade dessa implementação no Estado de Minas Gerais, comparando o número de casos registrados antes (2007-2011) e depois (2015-2019) das testagens de rotina e o impacto da medida para contenção dos casos de SC. Para tanto, foi elaborado estudo epidemiológico descritivo quantitativo, valendo-se de dados secundários obtidos do SINAN. Para análise estatística os dados foram analisados no programa STATA e utilizados testes de Shapiro Wilk, Teste-T e Mann-Whitney. Observou-se significância estatística entre casos confirmados de SG e SC no período (p=0,0000), além de diferença significativa entre as médias antes e depois dos TR, tanto de SG (p=0,0001) quanto de SC (p=0,0000). A transmissão vertical reduziu em 24,29% após as testagens pré-natais e o número de diagnósticos de SG aumentou em 1018,8% no período. Conclui-se que o uso de TR para detecção de SG foi efetivo em aumentar os diagnósticos da população em risco, além de resultar em menor taxa percentual de fetos infectados, embora ainda seja preciso assegurar que mais gestantes sejam tratadas adequadamente e em tempo oportuno.