Avaliação da relação entre obesidade e a depressão na infância e juventude

Abstract

INTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença crônica causada pelo aumento do aporte calórico com aumento do tecido adiposo. A etiologia da doença é multifatorial e aflige a população de maneira global, inclusive a faixa etária infantil. Nessa idade, o aumento de peso interfere na interpretação corporal, o que influencia no desenvolvimento de doenças como a depressão. OBJETIVOS: Avaliar a relação entre a obesidade e a depressão infantil, avaliando a existência de fatores de risco associados.  METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa na base de dados PUBMED utilizando os descritores “OBESITY AND DEPRESSION AND CHILD’’ para artigos publicados entre 2019 e 2024. RESULTADOS: Um estudo de meta-análise demonstrou que a prevalência da obesidade entre crianças de até 14 anos é de 15,5%, dentre elas 10,4% apresentam depressão, um número alto quando comparado ao de crianças não obesas que é de 5%. A obesidade grave é comum em crianças que possuem depressão (26,8%), transtornos de ansiedade (18,4%) e transtornos alimentares (37,4%). O sexo feminino apresenta significativamente mais chances de desenvolver depressão quando comparado ao sexo masculino. Além disso, é importante analisar a autoimagem e a autoestima dessas crianças, uma vez que estudos demonstram que a insatisfação corporal é um importante fator de risco para a depressão. Os exercícios físicos são uma boa alternativa de tratamento para crianças afetadas com obesidade e depressão. CONCLUSÃO: A obesidade e a depressão estão associadas de maneira significativa, dando destaque às crianças do sexo feminino que apresentaram maiores chances de desenvolver depressão. Quanto ao tratamento, a atividade física, seguida pelas atividades em grupo, demonstraram resultados significativos no tratamento tanto da depressão, quanto da obesidade.