Daniela Castro dos Reis, Viviam da Silva Silveira, Lília Iêda Chaves Cavalcante, Milene Maria Xavier Veloso, Jhuliane Karine Costa de Souza
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Abstract
O estudo objetivou analisar distorções cognitivas presentes no conteúdo de entrevistas com cinco autores de agressão sexual de criança e adolescente, sexo masculino, idades entre 19 a 58 anos (M=30,8). A pesquisa, com abordagem qualitativa dos dados, envolveu amostra por conveniência dos participantes. Utilizou-se entrevista semiestruturada, realizada em uma Unidade Prisional de Parauapebas - Pará - Brasil. Procedeu-se à análise de conteúdo das transcrições das entrevistas, considerando categorias pré-existentes na literatura. Identificaram-se as seguintes categorias de distorções: (a) Negação Completa, (b) Negação Parcial, (c) Aceitação da Agressão Sexual, (d) Minimização da Agressão, (e) Minimização da Responsabilidade, (f) Negação/Minimização das Consequências, (g) Negação/Minimização do Planejamento e (h) Negação/Minimização de Tratamento. Os achados estão em consonância com a literatura que sugere a presença predominante de distorções cognitivas que podem ter sido utilizadas para justificar ou negar fatores associados à prática dessa agressão. Cabe destacar a importância da investigação sistemática dessas distorções para compreender fatores presentes na trajetória de vida de autores de agressão sexual, e, assim, potencializar a eficácia de ações capazes de minimizar a reincidência do comportamento agressivo ao prevenir padrões de risco e desenvolver estratégias psicoeducativas, entre outras.