Mayra Adriana da Costa Cavalcante, Luís Heleno Montoril del Castilo
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Abstract
Este artigo intenciona refletir sobre as manifestações do insólito na obra A asa e a serpente (1979) do escritor paraense Vicente Franz Cecim, bem como o caráter de voos e rastejamentos (queda e ascensão) dos personagens e eventos insólitos que permeiam a narrativa. O escritor Vicente Franz Cecim ao criar Andara, uma região mitopoética metáfora da Amazônia, cria também um espaço geográfico verbal povoado de elementos e personagens sobrenaturais. A asa e a serpente nos oferece a possibilidade de imergir em uma instância sobrenatural e ressignificar os símbolos e as suas representações, evidenciando que a literatura insólita permeia o imaginário e, portanto é parte da construção cultural amazônica, figurando como uma forma de resistência ao processo de aculturação. Para embasamento teórico recorremos aos textos do estudioso Flavio García (2012) e suas proposições acerca do insólito ficcional e como conceituação teórica trazemos os postulados de Tzvetan Todorov (2010) além das concepções acerca do espaço de hibridês dentro da narrativa, em Furtado (1980).