{"title":"Didática na formação de professores — para além da disciplina","authors":"Gabriel Philippe, M. Veríssimo","doi":"10.15448/2179-8435.2024.1.44581","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este texto tem por objetivo propor algumas reflexões acerca da Didática como campo de reflexão/ação sobre os processos de ensino-aprendizagens e suas relações, igualmente fundamental e pertinente às discussões e aos debates na formação inicial de professores. A partir das pesquisas “A disciplina de Didática Geral nos cursos de Geografia, História e Letras” e “A disciplina de Didática e as Metodologias de Ensino nos cursos de formação de Professores”, buscou-se adentrar às perspectivas relacionadas à Didática e ao seu objeto, considerando a multiplicidade de fatores que concernem ao processo educativo e aos processos de ensino-aprendizagens. Para tanto, lançou-se mão das discussões em Candau (2012), Martins (1991, 1993, 1998), Martins e Romanowski (2015), Mizukami (1986), Moreira (1998, 2001), Oliveira e André (1997), Reis, Castro e Almeida (2022), Silva (2019), Veiga (1988, 1995, 2001) e outros(as) autores(as) fundamentais à problemática aqui apresentada. Ainda, a partir das reflexões em Philippe (2022) e Veríssimo e Philippe (2021a), foi possível adensar as questões relativas ao processo de substituição/exclusão da disciplina Didática nos cursos de formação de professores na Instituição Privada de Ensino Superior (IPES) pesquisada, bem como extrair elementos iniciais relativos à compreensão dessas questões, à Didática e ao seu objeto. Nesses termos, a Didática, quando compreendida pela lógica da disciplinarização/instrumentalização, mostra-se impertinente e inadequada à complexidade do fenômeno educativo e dos processos de ensino-aprendizagens, que demandam uma postura igualmente crítica e reflexiva, bem como consciente em relação à educação, aos processos de ensino-aprendizagens e suas relações, e às condições materiais e imateriais para sua execução/implementação.","PeriodicalId":507421,"journal":{"name":"Educação Por Escrito","volume":"135 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-07-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Educação Por Escrito","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15448/2179-8435.2024.1.44581","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este texto tem por objetivo propor algumas reflexões acerca da Didática como campo de reflexão/ação sobre os processos de ensino-aprendizagens e suas relações, igualmente fundamental e pertinente às discussões e aos debates na formação inicial de professores. A partir das pesquisas “A disciplina de Didática Geral nos cursos de Geografia, História e Letras” e “A disciplina de Didática e as Metodologias de Ensino nos cursos de formação de Professores”, buscou-se adentrar às perspectivas relacionadas à Didática e ao seu objeto, considerando a multiplicidade de fatores que concernem ao processo educativo e aos processos de ensino-aprendizagens. Para tanto, lançou-se mão das discussões em Candau (2012), Martins (1991, 1993, 1998), Martins e Romanowski (2015), Mizukami (1986), Moreira (1998, 2001), Oliveira e André (1997), Reis, Castro e Almeida (2022), Silva (2019), Veiga (1988, 1995, 2001) e outros(as) autores(as) fundamentais à problemática aqui apresentada. Ainda, a partir das reflexões em Philippe (2022) e Veríssimo e Philippe (2021a), foi possível adensar as questões relativas ao processo de substituição/exclusão da disciplina Didática nos cursos de formação de professores na Instituição Privada de Ensino Superior (IPES) pesquisada, bem como extrair elementos iniciais relativos à compreensão dessas questões, à Didática e ao seu objeto. Nesses termos, a Didática, quando compreendida pela lógica da disciplinarização/instrumentalização, mostra-se impertinente e inadequada à complexidade do fenômeno educativo e dos processos de ensino-aprendizagens, que demandam uma postura igualmente crítica e reflexiva, bem como consciente em relação à educação, aos processos de ensino-aprendizagens e suas relações, e às condições materiais e imateriais para sua execução/implementação.