Luís Pereira da Silva Neto, Karla Côrrea Lima Miranda, Ana Caroline Sousa da Costa Silva, Katamara Medeiros Tavares Melo
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Abstract
O HIV/Aids ainda se configura como uma questão de relevância para a saúde pública no Brasil. Na última década no país, a maior concentração de novos casos de HIV está entre a população jovem. Desse modo, considera-se que os jovens sofrem implicações psicossociais significativas na experiência com o vírus. O objetivo deste estudo foi analisar a experiência, a partir das construções discursivas de jovens que vivem com HIV/Aids. Para tanto, como método foi utilizada a Análise de Discurso (AD) da corrente francesa de pensamento, cujo maior representante é Michel Pêcheux. Neste estudo, a AD se dá em articulação com a teoria psicanalítica, pois compreende a subjetividade, considerando o contexto histórico-social dos indivíduos. Como resultados, a partir dos processos discursivos que constituem as vivências dos 12 jovens entrevistados e o HIV, foram identificadas as formações discursivas que contemplam os dizeres dos sujeitos e que convergem para a ideologia que ampara os discursos no referido contexto. São elas: 1. “Eu não vivo como um jovem normal!”: ser jovem e viver com HIV, e 2. “Eu preciso me cuidar mais!”: o cuidado de si e o HIV. Por fim, conclui-se que a dinâmica adquirida pelo avanço do HIV na sociedade atual, as diferentes concepções de sexualidade que significam as práticas sexuais dos jovens e a adesão ou não às proposições quanto aos cuidados necessários para esses sujeitos, implicam na presença de um discurso normatizador da sexualidade, principalmente a partir da Ideologia Cristã.
Palavras-chave: HIV/Aids, jovens, cuidado, análise do discurso, psicanálise.