Giovana Bertin Mira, Gualberto Ruas, Roberto Da Mata Lenza, Ludmila Fonseca Ruy, Júlia Braga Cintra, Bárbara Alves de Melo Sinhorelli, Flávio Junior Silveira Ribeiro, Guilherme Rocha Pardi
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Abstract
A pandemia de COVID-19 impactou significativamente a população mundial. Devido à alta mortalidade causada pela doença, foram instituídas medidas de controle de disseminação do vírus, como uso de máscaras, distanciamento social e vacinação, que restringiram as interações sociais e afetaram negativamente a população como um todo, com destaque à população idosa, intensificando os sentimentos de solidão e apatia. Nesse contexto, as tecnologias de informação e comunicação (TICs) emergiram como ferramentas vitais para manter a conexão social e o bem-estar cognitivo dos idosos. O presente estudo analisa o perfil, impactos e dificuldades vivenciadas por idosos quanto ao uso e adoção das TICs, a fim de identificar possíveis cenários de atuação para promover maior inclusão digital desta população. A pesquisa, aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFTM, foi um estudo transversal envolvendo 61 idosos com média de 73 anos, acompanhados por profissionais da área de Geriatria do HC/UFTM. Foram aplicados três questionários estruturados para analisar o perfil sociodemográfico e de saúde dessa população, o uso de tecnologias e as dificuldades encontradas. A partir dos dados levantados, os idosos foram divididos em dois grupos: Grupo 1 (G1), com pouco ou nenhum acesso às tecnologias, e Grupo 2 (G2), com amplo acesso às tecnologias. Os resultados mostraram que G2 (52,46%) percebia as tecnologias como úteis e dispunha de maior facilidade de acesso e uso, enquanto G1 (47,54%) enfrentava maiores dificuldades e considerava as tecnologias menos úteis. A maioria dos participantes de G2 relatou emoções positivas associadas ao uso de tecnologias, como aumento da autonomia e da autoestima. Além disso, durante a pandemia, o G2 utilizou mais as tecnologias para atividades como comunicação e lazer, percebendo benefícios como a expansão de redes de amizade. Em contraste, G1 não percebeu os mesmos benefícios e conservou baixo interesse em aprender novas ferramentas. A análise revelou que a inclusão digital dos idosos enfrenta desafios como limitações cognitivas e motoras decorrentes do envelhecimento, além de barreiras socioeconômicas e culturais. O estudo pioneiro na região do Triângulo Sul de Minas Gerais aponta para a importância de métodos de ensino adaptados para atender às demandas dos idosos, promovendo um envelhecimento saudável e uma maior integração social.