Marcelo Marotta Araújo, G. Toledo, Thaina Zuccolotto, Fabio L. Sato, Igor Boaventura da Silva
{"title":"Proposta de protocolo de tratamento para isquemia tecidual após segmentação maxilar: relato de caso","authors":"Marcelo Marotta Araújo, G. Toledo, Thaina Zuccolotto, Fabio L. Sato, Igor Boaventura da Silva","doi":"10.14436/2358-2782.10.1.046-060.oar","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A necrose asséptica da maxila representa uma complicação pós-operatória desafiadora associada à osteotomia Le Fort I, um procedimento comum em cirurgias ortognáticas para correção de deformidades maxilomandibulares. Objetivo: Este trabalho visa apresentar um protocolo de tratamento eficaz para a gestão dessa condição. Caso Clínico: Paciente com 37 anos de idade, diagnosticada com hipoplasia/atresia maxilar e prognatismo mandibular, submetida a tratamento ortodôntico-cirúrgico, que incluiu avanço e segmentação maxilar em quatro segmentos, recuo mandibular e mentoplastia. No sexto dia pós-operatório, a paciente apresentou uma área isquêmica na gengiva vestibular, sem dor, sinais de infecção ativa ou isquemia palatina. Um protocolo de tratamento foi iniciado, incluindo acompanhamento clínico a cada dois dias, higiene oral rigorosa, uso de digluconato de clorexidina, antibioticoterapia, pentoxifilina 400mg, além de sessões de oxigenoterapia hiperbárica e laserterapia. Resultados: A paciente demonstrou melhora significativa após 17 dias, com redução da área isquêmica e cicatrização da região ulcerada, mantendo oclusão e vitalidade dentária estáveis. Conclusão: O protocolo adotado demonstrou ser eficaz no controle e regressão da necrose asséptica da maxila, evidenciando a importância de uma abordagem multidisciplinar no manejo de complicações pós-operatórias em cirurgias ortognáticas. Tratamentos locais e sistêmicos foram combinados de maneira assertiva, proporcionando uma recuperação satisfatória, sem sequelas significativas para a paciente.","PeriodicalId":513207,"journal":{"name":"Journal of the Brazilian College of Oral and Maxillofacial Surgery","volume":"17 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-07-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Journal of the Brazilian College of Oral and Maxillofacial Surgery","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14436/2358-2782.10.1.046-060.oar","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Introdução: A necrose asséptica da maxila representa uma complicação pós-operatória desafiadora associada à osteotomia Le Fort I, um procedimento comum em cirurgias ortognáticas para correção de deformidades maxilomandibulares. Objetivo: Este trabalho visa apresentar um protocolo de tratamento eficaz para a gestão dessa condição. Caso Clínico: Paciente com 37 anos de idade, diagnosticada com hipoplasia/atresia maxilar e prognatismo mandibular, submetida a tratamento ortodôntico-cirúrgico, que incluiu avanço e segmentação maxilar em quatro segmentos, recuo mandibular e mentoplastia. No sexto dia pós-operatório, a paciente apresentou uma área isquêmica na gengiva vestibular, sem dor, sinais de infecção ativa ou isquemia palatina. Um protocolo de tratamento foi iniciado, incluindo acompanhamento clínico a cada dois dias, higiene oral rigorosa, uso de digluconato de clorexidina, antibioticoterapia, pentoxifilina 400mg, além de sessões de oxigenoterapia hiperbárica e laserterapia. Resultados: A paciente demonstrou melhora significativa após 17 dias, com redução da área isquêmica e cicatrização da região ulcerada, mantendo oclusão e vitalidade dentária estáveis. Conclusão: O protocolo adotado demonstrou ser eficaz no controle e regressão da necrose asséptica da maxila, evidenciando a importância de uma abordagem multidisciplinar no manejo de complicações pós-operatórias em cirurgias ortognáticas. Tratamentos locais e sistêmicos foram combinados de maneira assertiva, proporcionando uma recuperação satisfatória, sem sequelas significativas para a paciente.