{"title":"O que é que o online tem? A mediação no Teletandem em tempos pandêmicos","authors":"Ana Cristina Biondo Salomão, Lais Piai","doi":"10.21165/gel.v20i3.3571","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A presente investigação, desenvolvida no contexto telecolaborativo do Teletandem Brasil: línguas estrangeiras para todos (Telles, 2009), visou verificar de que maneira as sessões de mediação são estruturadas e gerenciadas, via plataformas de videoconferência. As mediações são sessões de assistência pedagógica realizadas com os participantes brasileiros após as interações na língua-alvo e que, a partir da pandemia da COVID-19, se tornaram totalmente on-line. Essa pesquisa considera os resultados de Sartori (2021), que, ao investigar a mediação presencial, localizou, por meio dos dados analisados sob a perspectiva da Análise da Conversação (AC), seis categorias que estruturam essa modalidade, sendo elas: abertura da mediação; desenvolvimento da mediação e uso de marcadores verbais; fechamento da mediação; sobreposição de vozes ou falas simultâneas; pares adjacentes; e riso. Por meio de uma pesquisa qualitativa, realizada no âmbito do Teletandem desenvolvido na Unesp de Araraquara (FCLAr), utilizando questionário inicial, gravação das sessões de mediação realizadas pelo Google Meet e relato reflexivo das mediadoras acerca das mediações publicado na Comunidade de Prática do Teletandem Araraquara, investigamos as possíveis semelhanças e diferenças entre a mediação nos formatos presencial e on-line. As participantes da pesquisa foram duas mediadoras que conduziram turmas diferentes. A partir da análise das mediações à luz da AC, verificou-se que as categorias organizadoras propostas por Sartori (2021) são encontradas na mediação on-line, mas surge, também, a categoria das pausas e silêncios. Ainda, foi possível averiguar diferenças substanciais no que concerne aos marcadores conversacionais não-verbais. Conclui-se que a mediação on-line exige diferentes habilidades nos processos de planejamento e gerenciamento, pois, embora se aproxime da mediação presencial e atinja os objetivos previstos, ela é modificada pelas diferentes formas de interação entre os participantes no contexto digital.","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":"18 9","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-07-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista do GEL","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21165/gel.v20i3.3571","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A presente investigação, desenvolvida no contexto telecolaborativo do Teletandem Brasil: línguas estrangeiras para todos (Telles, 2009), visou verificar de que maneira as sessões de mediação são estruturadas e gerenciadas, via plataformas de videoconferência. As mediações são sessões de assistência pedagógica realizadas com os participantes brasileiros após as interações na língua-alvo e que, a partir da pandemia da COVID-19, se tornaram totalmente on-line. Essa pesquisa considera os resultados de Sartori (2021), que, ao investigar a mediação presencial, localizou, por meio dos dados analisados sob a perspectiva da Análise da Conversação (AC), seis categorias que estruturam essa modalidade, sendo elas: abertura da mediação; desenvolvimento da mediação e uso de marcadores verbais; fechamento da mediação; sobreposição de vozes ou falas simultâneas; pares adjacentes; e riso. Por meio de uma pesquisa qualitativa, realizada no âmbito do Teletandem desenvolvido na Unesp de Araraquara (FCLAr), utilizando questionário inicial, gravação das sessões de mediação realizadas pelo Google Meet e relato reflexivo das mediadoras acerca das mediações publicado na Comunidade de Prática do Teletandem Araraquara, investigamos as possíveis semelhanças e diferenças entre a mediação nos formatos presencial e on-line. As participantes da pesquisa foram duas mediadoras que conduziram turmas diferentes. A partir da análise das mediações à luz da AC, verificou-se que as categorias organizadoras propostas por Sartori (2021) são encontradas na mediação on-line, mas surge, também, a categoria das pausas e silêncios. Ainda, foi possível averiguar diferenças substanciais no que concerne aos marcadores conversacionais não-verbais. Conclui-se que a mediação on-line exige diferentes habilidades nos processos de planejamento e gerenciamento, pois, embora se aproxime da mediação presencial e atinja os objetivos previstos, ela é modificada pelas diferentes formas de interação entre os participantes no contexto digital.