Isabela Santos Saraiva, Gabriel Araújo Lima, Paula Ívina Oliveira Silva Santos, Gabriel Gonçalves Garcia, Giovana Jardinni Leite Santos, M. Silva, Larissa de Menezes Albuquerque Coelho, J. V. Melo, Juliana Souza Pedrosa, Messias França de Oliveira Neto, Maria Juliana Araujo Oliveira Brasileiro, Adriano Paranhos Martins e Silva Segundo, José Vinicius da Costa Filho, Soraya Patrícia Bezerra da Costa, Sandy Soares Alves Pinto
{"title":"Principais aspectos e manejo dos distúrbios hipertensivos no pós-parto","authors":"Isabela Santos Saraiva, Gabriel Araújo Lima, Paula Ívina Oliveira Silva Santos, Gabriel Gonçalves Garcia, Giovana Jardinni Leite Santos, M. Silva, Larissa de Menezes Albuquerque Coelho, J. V. Melo, Juliana Souza Pedrosa, Messias França de Oliveira Neto, Maria Juliana Araujo Oliveira Brasileiro, Adriano Paranhos Martins e Silva Segundo, José Vinicius da Costa Filho, Soraya Patrícia Bezerra da Costa, Sandy Soares Alves Pinto","doi":"10.55905/revconv.17n.7-259","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: Os distúrbios hipertensivos são condições comuns durante a gestação e é é uma das principais causas de parto prematuro e um importante fator de risco para futuras doenças cardiovasculares e metabólicas. Aproximadamente 50% das gestantes com pré-eclâmpsia apresentam elevação da pressão arterial por volta do quinto dia após o parto e a hipertensão pós-parto é responsável por 15-20% das readmissões e visitas ao pronto-socorro. Objetivo: Tendo em vista tais aspectos, o trabalho a seguir tem como objetivo analisar os fatores que facilitam a monitorização e o controle da pressão arterial em puérperas. E investigar as medidas adotadas para monitorar e controlar a pressão arterial pós-parto. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura no mês de junho de 2024, utilizando os descritores “Hypertension”, “Postpartum Period” e “Medication Therapy Management”, através das bases de dados PUBMED e BVS. Foram incluídos 12 artigos para a elaboração do presente trabalho. Resultados e Discussões: Cerca de 15% das mulheres com pré-eclâmpsia pós-parto tardia já haviam tido pré-eclâmpsia em uma gravidez anterior. Mulheres com essa condição mostraram pressão arterial mais elevada em consultas pós-parto e ≥3 meses após o parto. Em uma pesquisa, 319 mulheres foram monitoradas e cerca de 30 mulheres procuraram atendimento em pronto-socorro e/ou clínicas de atenção primária dentro de 42 dias após o parto, devido a complicações relacionadas ao distúrbio hipertensivo. Os fatores de risco significativos identificados foram o uso múltiplo de anti-hipertensivos antes e/ou após o parto e alterações laboratoriais de hipertensão gestacional pós-parto. Na África do Sul investigou as principais medicações utilizadas em pacientes diagnosticadas com pré-eclâmpsia que interromperam a gestação por via obstétrica. Identificou-se que, no período pré-parto e nos dias 0 a 2 pós-parto, a alfa-metildopa foi o anti-hipertensivo mais utilizado. A hidroclorotiazida foi predominantemente empregada no terceiro dia. Nos dias 0 a 3 pós-parto, os regimes à base de anlodipina constituíram a terapia combinada mais comum. Por fim, a nifedipina foi o agente anti-hipertensivo de ação rápida mais utilizado em ambos períodos. Além disso, observou-se que o terceiro dia do puerpério apresentava o maior número de readmissões, sugerindo a necessidade de monitorar a pressão arterial das pacientes por pelo menos 24 a 48 horas após o parto, como medida preventiva para reduzir a frequência de retornos ao serviço de saúde. Conclusão: Os achados deste estudo destacam a importância de um monitoramento rigoroso e contínuo da pressão arterial em puérperas para prevenir complicações e melhorar os resultados de saúde materna. A monitorização rigorosa permite ajustes personalizados nas terapias anti-hipertensivas, garantindo que cada mulher receba a dose e o tipo de medicação mais apropriados para sua condição específica.","PeriodicalId":322440,"journal":{"name":"CONTRIBUCIONES A LAS CIENCIAS SOCIALES","volume":"7 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-07-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"CONTRIBUCIONES A LAS CIENCIAS SOCIALES","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.55905/revconv.17n.7-259","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: Os distúrbios hipertensivos são condições comuns durante a gestação e é é uma das principais causas de parto prematuro e um importante fator de risco para futuras doenças cardiovasculares e metabólicas. Aproximadamente 50% das gestantes com pré-eclâmpsia apresentam elevação da pressão arterial por volta do quinto dia após o parto e a hipertensão pós-parto é responsável por 15-20% das readmissões e visitas ao pronto-socorro. Objetivo: Tendo em vista tais aspectos, o trabalho a seguir tem como objetivo analisar os fatores que facilitam a monitorização e o controle da pressão arterial em puérperas. E investigar as medidas adotadas para monitorar e controlar a pressão arterial pós-parto. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura no mês de junho de 2024, utilizando os descritores “Hypertension”, “Postpartum Period” e “Medication Therapy Management”, através das bases de dados PUBMED e BVS. Foram incluídos 12 artigos para a elaboração do presente trabalho. Resultados e Discussões: Cerca de 15% das mulheres com pré-eclâmpsia pós-parto tardia já haviam tido pré-eclâmpsia em uma gravidez anterior. Mulheres com essa condição mostraram pressão arterial mais elevada em consultas pós-parto e ≥3 meses após o parto. Em uma pesquisa, 319 mulheres foram monitoradas e cerca de 30 mulheres procuraram atendimento em pronto-socorro e/ou clínicas de atenção primária dentro de 42 dias após o parto, devido a complicações relacionadas ao distúrbio hipertensivo. Os fatores de risco significativos identificados foram o uso múltiplo de anti-hipertensivos antes e/ou após o parto e alterações laboratoriais de hipertensão gestacional pós-parto. Na África do Sul investigou as principais medicações utilizadas em pacientes diagnosticadas com pré-eclâmpsia que interromperam a gestação por via obstétrica. Identificou-se que, no período pré-parto e nos dias 0 a 2 pós-parto, a alfa-metildopa foi o anti-hipertensivo mais utilizado. A hidroclorotiazida foi predominantemente empregada no terceiro dia. Nos dias 0 a 3 pós-parto, os regimes à base de anlodipina constituíram a terapia combinada mais comum. Por fim, a nifedipina foi o agente anti-hipertensivo de ação rápida mais utilizado em ambos períodos. Além disso, observou-se que o terceiro dia do puerpério apresentava o maior número de readmissões, sugerindo a necessidade de monitorar a pressão arterial das pacientes por pelo menos 24 a 48 horas após o parto, como medida preventiva para reduzir a frequência de retornos ao serviço de saúde. Conclusão: Os achados deste estudo destacam a importância de um monitoramento rigoroso e contínuo da pressão arterial em puérperas para prevenir complicações e melhorar os resultados de saúde materna. A monitorização rigorosa permite ajustes personalizados nas terapias anti-hipertensivas, garantindo que cada mulher receba a dose e o tipo de medicação mais apropriados para sua condição específica.